VIDA MARINHA
Os valores naturais da costa da Arrábida são a sua maior riqueza. Mais de 2000 espécies já foram registadas nestas águas! É este tesouro que o Parque Marinho tenta proteger.
Doto koenneckeri
©João Pedro Silva
Lesma-do-mar, ou nudibrânquio, de pequenas dimensões, não ultrapassando os 10 mm de comprimento. Vive exclusivamente sobre apenas uma espécie de hidrozoário (minúsculos animais coloniais), da qual também se alimenta.
Anomia ephippium
©João Pedro Silva
Esta espécie de bivalve é bastante variável na forma da concha, pois tende a adquirir o formato do substrato onde vive, que tanto pode ser sobre pedra, laminárias ou conchas de outros animais. Encontra-se a baixas profundidades, a partir da zona de maré.
Aplysia punctata
©João Pedro Silva
Esta lesma-do-mar, ou vinagreira, é um molusco de concha interna. Pode-se observar na zona costeira junto das algas das quais se alimenta, podendo ingerir até um terço do seu peso por dia. A sua coloração varia conforme as espécies de algas ingeridas.
Gobius niger
©João Pedro Silva
O caboz-negro habita preferencialmente em fundos de areia ou lodosos e em pradarias de ervas marinhas ou algas e chega a ser encontrado em zonas de estuários e água salobra. Alimenta-se de crustáceos, bivalves e até de pequenos peixes.
Discocelis tigrina
©João Pedro Silva
Este verme plano, ou planária, habita as zonas entre marés e de baixa profundidade, em locais abrigados da luz e debaixo de pedras. Espécie pouco conhecida, mas à semelhança de animais do mesmo grupo, apresenta uma grande capacidade de regeneração.
Alentia gelatinosa
©João Pedro Silva
Este verme-de-cerdas pode ser encontrado debaixo de pedras em fundos arenosos, entre algas ou mesmo nas tocas de outros vermes. Tem o corpo achatado e quando perturbado consegue movimentar-se rapidamente, atingindo os 2 cm por segundo.
Prostheceraeus giesbrechtii
©João Pedro Silva
Esta planária, ou verme-de-fita, alimenta-se de ascídias que encontra sobre fundos rochosos, a baixas profundidades. É um animal hermafrodita, cada indivíduo apresenta órgãos de ambos os sexos ao mesmo tempo.
Sargassum sp.
©João Pedro Silva
Algumas espécies de sargaço possuem vesículas, ou bolhas, de ar que mantêm a alga a flutuar melhorando a exposição à luz. Podem formar grande concentrações, como no Mar dos Sargaços, tornando-se um habitat único e muito importante para a biodiversidade.
Arnoglossus thori
©João Pedro Silva
A carta-pontuada vive em fundos de areia e lamacentos até aos 300 metros de profundidade. Alimenta-se uma grande variedade de animais, desde pequenos peixes, vermes, moluscos e crustáceos. Pode atingir os 20 cm de comprimento e viver até 10 anos.
Trisopterus luscus
©Emanuel Gonçalves
Durante muito tempo sem grande interesse comercial, fazendo parte das capturas acidentais da pesca de outras espécies, com a diminuição das populações de outros peixes, a faneca é cada vez mais consumida além de ser usada na transformação de outros produtos.
Delphinus delphis
©Luís Quinta
É a espécie mais comum de golfinhos em águas portuguesas. Bastante sociável, ocorre em grupos até 500 indivíduos. O golfinho-comum é conhecido pelas sua acrobacias e velocidade, atingindo os 60 Km/h. Alimenta-se de peixe e cefalópodes, especialmente lulas.
Scomber colias
©Rui Guerra
A cavala é um peixe migrador que forma cardumes numerosos que se encontram junto ao fundo do mar durante o dia, aproximando-se da superfície à noite, onde se alimenta de lulas, crustáceos e outros peixes. Espécie importante para o setor da pesca.
Gobius xanthocephalus
©Emanuel Gonçalves
O caboz-dourado vive a baixa profundidade, em fundos rochosos e em pradarias de ervas marinhas. Alimenta-se de pequenos invertebrados e pode atingir os 10 cm de comprimento.
Alcyonium glomeratum
©João Pedro Silva
Este coral falso, também chamado de mão-de-morto, distingue-se das outras espécies por ter uma cor mais avermelhada e preferir zonas de corrente mais moderada. As colónias são também mais estreitas, não ultrapassando os 2cm de largura, e ramificadas.
Lithophyllum stictaeforme
©Áthila Bertoncini
Esta alga-vermelha-incrustante pode ser encontrada também em poças de maré. Apresenta uma estrutura calcária que pode intervir na formação de habitats para outros organismos.
Sabella spallanzani
©Emanuel Gonçalves
Embora comum e nativo das nossas águas, este espirógrafo tornou-se invasor noutros locais, nomeadamente na austrália, onde causa prejuízos em culturas de bivalves. Compete com estes animais por alimento, microrganismos planctónicos que filtra da água.
Trinchesia morrowae
©João Pedro Silva
Este pequeno nudibrânquio ou lesma-do-mar, não ultrapassa os 10 mm de comprimento. Encontra-se junto dos hidrozoários (pequenos animais coloniais) de que se alimenta e onde faz as suas posturas, em zonas pouco iluminadas de recifes rochosos.
Polybius henslowii
©João Pedro Silva
O pilado é um caranguejo nadador que por vezes forma numerosos grupos à superfície do mar, servindo de alimento a aves marinhas, tartarugas e peixes. Por sua vez, alimenta-se de lulas, pequenos peixes, vermes e outros caranguejos.
Prionace glauca
©Luís Quinta
O tubarão-azul, ou tintureira, pode ultrapassar os 3 metros de comprimento e as fêmeas são maiores que os machos. É uma espécie ameaçada, devido à pesca para consumo humano, especialmente as barbatanas. Pode dar à luz mais de cem crias de uma só vez.
Caprellidae sp.
©João Pedro Silva
O camarão-esqueleto vive normalmente associado a outros animais, como esponjas e anémonas, ou plantas como a seba, em zonas pouco profundas. São omnívoros, alimentando-se de microrganismos, detritos ou outros crustáceos.
Calonectris diomedea
©Luís Quinta
A Cagarra ou Pardela-de-bico-amarelo é uma ave migradora que apenas se reproduz em ilhas e ilhéus. É facilmente observada a partir da costa fora do período de Inverno. Classificada como espécie Vulnerável. Emite sons bastante característicos da espécie.
Entelurus aequoreus
©João Pedro Silva
Esta é a maior das marinhas presente em águas europeias, podendo atingir os 60 cm. Vive em pradarias marinhas e florestas de algas em áreas costeiras, mas também pode ser encontrada mais afastada da costa, ao contrário de outras espécies de marinhas.
Necora puber
©Luís Quinta
A navalheira é um caranguejo comum em zonas de recifes rochosos, onde se alimenta de algas castanhas, bivalves e outros crustáceos. Tem valor comercial, sendo um marisco bastante apreciado.
Saccorhiza polyschides
©Emanuel Gonçalves
Quando em grandes densidades, os povoamentos de laminárias funcionam como florestas marinhas, proporcionando um grande aumento da biodiversidade local.
Dendrodoris herytra
©João Pedro Silva
As lesmas-do-mar, grupo ao qual pertence este nudibrânquio, possuem geralmente um par de rinóforos (órgãos sensoriais associados ao cheiro) na zona frontal do corpo. Esta espécie encontra-se normalmente debaixo de pedras e alimenta-se de esponjas.
Periclimenes scriptus
©João Pedro Silva
Este pequeno camarão vive muitas vezes associado a anémonas, gorgónias e alcionários, mas também há registos de observações em pradarias de ervas marinhas e entre algas, por vezes em grupos numerosos.
Aporodoris millegrana
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio, grupo pertencente às lesmas-do-mar, pode crescer até aos 30 mm de comprimento. O corpo achatado de cor castanho alaranjado ou arroxeado. Encontra-se normalmente debaixo de pedras, a baixa profundidade, onde se alimenta de esponjas.
Hippocampus guttulatus
©Emanuel Gonçalves
O cavalo-marinho-de-focinho-comprido vive sobretudo a baixas profundidades, em fundos cobertos de algas e em pradarias de ervas marinhas. Alimenta-se de pequenos crustáceos, larvas e outros organismos planctónicos.
Codium tomentosum
©Áthila Bertoncini
Alga esponjosa e de textura aveludada, bastante ramificada. Encontra-se em poças de maré, fixa a fundos rochosos. Do chorão-do-mar extraem-se compostos amplamente utilizados em produtos de cosmética devido às propriedades hidratantes.
Diaphorodoris alba
©João Pedro Silva
Esta lesma-do-mar, ou nudibrânquio, encontra-se frequentemente em fundos rochosos de zonas pouco iluminadas, onde se alimenta de briozoários (minúsculos animais coloniais). Dificilmente ultrapassa os 10 mm de tamanho.
Pollicipes pollicipes
©João Pedro Silva
O percebe pertence a um grupo de crustáceos que vivem fixos normalmente em rochas, em zonas bastante expostas a ondas e correntes. Alimenta-se de organismos em suspensão, que captura com os cirros. De alto valor comercial, é colhido manualmente.
Dondice banyulensis
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio bastante colorido que cresce até aos 70 mm. Encontra-se sobre fundos rochosos onde se alimente de várias espécies de hidrozoários (pequenos animais coloniais). Posturas brancas em espirais irregulares.
Echiichthys vipera
©Emanuel Gonçalves
O peixe-aranha vive em fundos de areia e lodo a baixas profundidades, muitas vezes na zona de rebentação. Normalmente está enterrado, apenas coma boca e os olhos de fora, aguardando pelas suas presas: pequenos peixes e crustáceos.
Edmundsella pedata
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio, ou lesma-do-mar, pode ser encontrado em fundos rochosos, alimentando-se de várias espécies de hidrozoários (pequenos animais coloniais), onde também faz as suas posturas. Atinge os 30 mm de comprimento.
Luisella babai
©João Pedro Silva
A flabelina-branca é um nudibrânquio, ou lesma-do-mar, facilmente observada que pode atingir os 60 mm de tamanho. Alimenta-se de vários hidrozoários, pequenos animais coloniais aparentados com as anémonas, em fundos rochosos.
Eunicella verrucosa
©Alexandra Huth
Esta gorgónia, assim como as outras espécies, apresenta taxas de crescimento lento (entre 1 e 5 cm por ano), o que contribuí para o seu estatuto de conservação de espécie vulnerável. Cresce sobre fundos rochosos com corrente moderada.
Antedon bifida
©João Pedro Silva
O crinóide é um parente dos ouriços e estrelas-do-mar. Vive no fundo marinho, embora se possa deslocar tanto em zonas protegidas como expostas à corrente. Alimenta-se de detritos em suspensão e plâncton que captura com os seus braços em forma de pena.
Rhopalaea neapolitana
©João Pedro Silva
Ascídia, ou tunicado, solitário. Cresce sobre fundos rochosos, e alimenta-se de partículas em suspensão e organismos planctónicos que captura graças a uma rede de muco que produz.
Limaria hians
©João Pedro Silva
Este bivalve pode ser encontrado sobre fundos de areia grossa, fragmentos de conchas e pedras, onde se alimenta de plâncton que filtra da água. Quando ameaçado, pode deslocar-se rapidamente através de jatos de água criados pelo movimento das conchas.
Myxicola infundibulum
©João Pedro Silva
O verme-flor-da-areia vive num tubo praticamente todo enterrado em areia ou lodo, apenas com a coroa de tentáculos de fora. Se for perturbada, retrai-se rapidamente para o interior do tubo. Tolera várias salinidades, podendo ser encontrada em sapais.
Symphodus roissali
©Emanuel Gonçalves
Durante a época de reprodução os machos do bodião-manchado constroem ninhos de algas em depressões rochosas, onde as fêmeas depositam os ovos, protegendo-os até à eclosão.
Lineus longissimus
©João Pedro Silva
Este verme-de-fita é considerado o animal mais comprido do mundo, podendo chegar aos 30 metros! É encontrado a baixa profundidade, na areia ou debaixo de rochas. Recentemente, descobriu-se que produz uma potente toxina com potencial uso como pesticida.
Pachycerianthus sp.
©Ana Castanheira
As anémonas-de-tubo ou ceriantos, vivem em fundos arenosos e lodosos. O tubo tem uma forma pontiaguda na sua parte inferior, permitindo a estes animais enterrarem-se em caso de ameaça. Pode ter mais de 200 tentáculos com que caça pequenas presas.
Ciona edwardsi
©Ana Castanheira
A ascídia-amarela pode atingir os 20 cm de tamanho, sendo normalmente um animal solitário. Como as outras ascídias, alimenta-se filtrando a água que entra pelo sifão inalante, passando depois pelo sistema digestivo e saindo através do sifão exalante.
Octopus vulgaris
©Luís Quinta
A reprodução marca o fim da vida do polvo-comum. Após a copula o macho morre, enquanto a fêmea faz as posturas, até meio milhão de ovos, e cuida delas até ao nascimento, morrendo depois.
Parablennius pilicornis
©Emanuel Gonçalves
Este caboz, também conhecido por maria-da-toca, habita em recifes rochosos a baixa profundidade, normalmente em fendas ou pequenos buracos nas rochas. Os machos protegem as posturas, até à eclosão dos ovos.
Leucosolenia complicata
©João Pedro Silva
A Esponja-calcária-tubular e consistência frágil, cresce sobre fundos rochosos a baixas profundidades, normalmente em zonas mais abrigadas, como saliências rochosas ou grutas. Também se pode encontrar em zonas com mais sedimentos como estuários.
Tritonia manicata
©João Pedro Silva
Nudibrânquio, ou lesma-do-mar, de difícil observação devido ao seu pequeno tamanho, cerca de 15 mm, e a sua camuflagem. Vive sobre fundos rochosos e alimenta-se de pequenos alcionários (corais moles) que crescem entre esponjas e algas.
Oedalechilus labeo
©Rui Guerra
Esta espécie de tainha encontra-se perto da costa e da foz de rios e também frequentemente perto de saídas de esgoto. Alimenta-se de detritos e pequenos animais do plâncton.
Ascidia sp.
©João Pedro Silva
As ascídias são um grupo de animais extremamente diversificado e adaptado a vários habitats marinhos. Além de serem incluídas na alimentação em alguns países, apresentam um grande potencial no desenvolvimento de novos compostos químicos uteis ao homem.
Chelon ramada
©Rui Guerra
A taínha-fataça alimenta-se de detritos, algas e pequenos organismos planctónicos. Os peixes desta espécie capturados em águas limpas e mais afastadas de áreas humanas são apreciados e têm valor comercial.
Callionymus lyra
©João Pedro Silva
O peixe-pau-lira vive sob fundos de areia e lamacentos, onde se alimenta de pequenos vermes e crustáceos. Os machos são bastante territoriais e têm as barbatanas dorsais e peitorais coloridas, que exibem durante um complexo ritual de acasalamento.
Maja brachydactyla
©João Pedro Silva
De alto valor comercial, a santola habita sobre fundos rochosos e arenosos, onde se alimenta de pequenos bivalves, ouriços e estrelas-do-mar e também de algas. A carapaça costuma estar coberta de pequenos organismos e algas, facilitando a sua camuflagem.
Gymnangium montagui
©Emanuel Gonçalves
A pluma-do-mar é uma colónia de hidrozoários, pequenos pólipos que formam estruturas semelhantes a penas. Prefere zonas abrigadas de zonas pouco profundas, crescendo sobre rochas, conchas ou algas.
Tursiops truncatus
©Luís Quinta
O golfinho-roaz, ou roaz-corvineiro, está presente em todas as regiões oceânicas à exceção das polares. Pode formar grupos e fixar-se num local como é o caso da comunidade do estuário do Sado, com cerca de 25 animais, e outras na zona costeira adjacente.
Haliotis tuberculata
©Luís Quinta
O abalone ou orelha do mar é um gastrópode de interesse comercial, embora se acredite que esta já sobre-explorado. Encontra-se em fundos rochosos, normalmente debaixo de pedras, a baixa profundidade onde se alimenta de algas.
Bothus podas
©João Pedro Silva
A carta-de-olhos-grandes vive sobre fundos de areia e cascalho, podendo adaptar a coloração da sua pele ao meio envolvente. Alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos e vermes. Está classificada como espécie protegida.
Sepia officinallis
©Emanuel Gonçalves
O choco apresenta uma excelente capacidade de camuflagem, pois a sua pele tem células especializadas que permitem alterar a textura e a cor. Também utilizam essas características tanto para atrair fêmeas ou afastar machos durante a reprodução.
Thysanozoon brocchii
©João Pedro Silva
Este verme-plano encontra-se normalmente escondido em fendas ou debaixo de pedras durante o dia, saindo à noite para se alimentar, principalmente de ascídias.
Pentapora fascialis
©João Pedro Silva
Este briozoário é na realidade uma colónia de vários indivíduos de pequeno tamanho. Cresce sobre fundos rochosos em zonas de corrente, podendo colonizar pequenas pedras em zonas de areia grosseira.
Atrina fragilis
©Rui Guerra
O leque-do-mar é um dos maiores bivalves da nossa costa. Vive parcialmente enterrada no fundo, onde se fixa graças a um filamento dourado e bastante forte que produz – o bisso. Em tempos, este filamento era usado na confeção de acessórios de luxo.
Platydoris argo
©João Pedro Silva
Este é um dos maiores nudibrânquios, animais que pertencem ao grupo das lesmas-do-mar, que se podem observar nas costas portuguesas, atingindo os 10 cm. Encontra-se em fundos rochosos onde se alimenta de esponjas.
Trivia arctica
©João Pedro Silva
Este pequeno molusco gastrópode, vulgarmente conhecido por beijinho, vive em fundos rochosos junto a colónias de ascídias das quais se alimenta. As suas conchas são usadas como ornamentos, já desde a pré-história.
Balistes capriscus
©Emanuel Gonçalves
O peixe-porco pode ser encontrado perto de recifes rochosos, onde se alimenta de pequenos crustáceos e moluscos. Durante a época reprodução, os machos criam buracos na areia que vão servir de ninhos, onde as fêmeas fazem a sua postura.
Tripterygion delaisi
©Emanuel Gonçalves
Durante a época reprodutiva, o macho de caboz-de-três-dorsais tem um comportamento territorial e uma coloração mais viva, ao contrário das fêmeas e machos imaturos. Encontra-se em fendas e cavidades nas rochas e alimenta-se de pequenos crustáceos.
Codium vermilara
©Rui Guerra
O chorão-do-mar vive normalmente fixo a rochas ou pedras, em poças de maré ou zonas de baixa profundidade. Assim como em espécies semelhantes, os vários compostos químicos produzidos por esta alga são cada vez mais estudados e utilizados pelo Homem.
Zostera marina
©Emanuel Gonçalves
Planta com flor de grande importância ecológica, pois as pradarias que forma servem de abrigo e maternidade para um vasto número de organismos. Cresce abaixo da zona de marés sobre fundos de lodo ou areia.
Dendrodoris grandiflora
©João Pedro Silva
Os nudibrânquios são um grupo pertencente às lesmas-do-mar. O seu nome provém da localização das branquias no exterior do corpo, no caso desta espécie na zona traseira do dorso. Este animal encontra-se a baixas profundidades e debaixo de pedras.
Astropecten aranciacus
©Rui Guerra
A estrela-escavadora vive em fundos lodosos, de areia ou cascalho, geralmente enterrada. É mais facilmente observada ao fim do dia e durante a noite, altura em que está mais ativa e à procura de moluscos que são a base da sua dieta.
Alcyonium coralloides
©Rui Guerra
Este coral-falso encontra-se principalmente em superfícies verticais das rochas ou em grutas, em colónias em forma de lóbulos. Em alguns locais pode-se tornar um parasita ao crescer sobre outros corais, como algumas espécies de gorgónias.
Leptogorgia sarmentosa
©Emanuel Gonçalves
Como as outras gorgónias, esta espécie também é uma colónia formada por muitos pólipos, ligados entre si por uma camada de tecido que também lhe confere a cor. Os pólipos são responsáveis pela alimentação, ao capturarem organismos do plâncton.
Diaphorodoris papillata
©João Pedro Silva
Esta lesma-do-mar, ou nudibrânquio, embora atinja os 10 mm de comprimento, é normalmente mais pequena. Encontra-se frequentemente em fundos rochosos de zonas pouco iluminadas, onde se alimenta de briozoários (minúsculos animais coloniais).
Serpula vermicularis
©Emanuel Gonçalves
A sérpula é um verme que forma tubos calcários sobre rochas, pedras, conchas e cascos de barcos ou outras estruturas de origem humana. Em alguns locais, normalmente mais abrigados, pode-se tornar muito abundante, originando pequenos recifes.
Labrus mixtus
©Rúben Fortuna
O bodião-canário habita zonas de recifes rochosos cobertos de algas, onde se alimenta principalmente de crustáceos. Os machos constroem ninhos com algas que defendem dos rivais, enquanto atraem as fêmeas com elaborados rituais de acasalamento.
Flabellina gaditana
©João Pedro Silva
Espécie de lesma-do-mar de difícil observação, dado o seu pequeno tamanho (no máximo 8 mm) e à forma e cor do corpo que lhe confere uma excelente camuflagem. Encontra-se a pequenas profundidades, em zonas mal-iluminadas e debaixo de pedras.
Felimida luteorosea
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio (animais que pertencem ao grupo das lesma-do-mar) pode atingir os 50 mm de comprimento. Encontra-se sobre fundos rochosos onde se alimenta de esponjas, em particular de duas espécies.
Diplodus sargus
©Luís Quinta
Como as outras espécies de sargos, o sargo-legítimo habita preferencialmente em zonas de recifes rochosos, sendo mais abundante próximo da zona de rebentação. É um peixe omnívoro, incluindo na sua dieta crustáceos, moluscos, vermes, corais e algas.
Solea solea
©João Pedro Silva
O linguado-legítimo vive camuflado em fundos de areia e lodo, em zonas costeiras quando juvenil, migrando para águas mais fundas em adulto. Alimenta-se de vermes, moluscos e crustáceos. Peixe de alto valor comercial, sendo também criado em aquacultura.
Sertularella gayi
©João Pedro Silva
Os pólipos deste hidrozoário formam colónias bastante ramificadas, fixas a rochas em zonas de correntes moderadas. Os pólipos alimentam-se capturando organismos planctónicos com os seus tentáculos.
Catostylus tagi
©Luís Quinta
Sendo das medusas mais comuns em Portugal continental, é facilmente observada na costa da Arrábida. É uma espécie de grandes dimensões que não sendo especialmente perigosa, ainda assim pode provocar alguma dor, vermelhidão e um ligeiro ardor.
Eudendrium arbuscula
©João Pedro Silva
Este hidrozoário forma colónias em forma de arbusto, bastante ramificadas, com os pólipos nas extremidades. Pode ser encontrado em fundos rochosos a baixa profundidade, em locais sujeitos à acção da maré, sendo também comuns sobre boias em mar aberto.
Serranus hepatus
©João Pedro Silva
O serrano-ferreiro vive sobre fundos rochosos e de areia ou lodo, e também em pradarias de ervas marinhas. Alimenta-se de pequenos peixes e invertebrados. É um hermafrodita simultâneo, em que cada indivíduo tanto pode ser fêmea ou macho.
Leptogorgia sarmentosa
©Luís Quinta
Esta gorgónia cresce em colónias femininas ou masculinas. O esperma é libertado na água e fertiliza os ovos no interior das colónias femininas. Após a eclosão, as larvas são libertadas para a água, aí permanecendo várias semanas até assentarem num local propício e se transformarem em pólipos que vão originar uma nova colónia.
Doto pinnatifida
©João Pedro Silva
Lesma-do-mar, ou nudibrânquio, que vive exclusivamente sobre apenas uma espécie de hidrozoário (minúsculos animais coloniais), da qual também se alimenta. Atinge no máximo os 30 mm de comprimento, embora raramente.
Saccorhiza polyschides
©Carlos Franco
Esta laminária, também chamada de limo-correia ou golfo, é uma espécie com ciclo de vida anual. Por norma inicia o crescimento em Março, atingido o tamanho máximo em Setembro. Durante este período chega a crescer cerca de 6 cm por semana.
Cadlina pellucida
©João Pedro Silva
Nudibrânquio, ou lesma-do-mar, de pequenas dimensões, podendo alcançar os 20 mm. O seu corpo branco translúcido permite observar as vísceras. Vive em fundos rochosos, em pequenas cavidades ou sobre as esponjas de que se alimenta.
Phallusia mammillata
©João Pedro Silva
Esta ascídia, por vezes chamada de cacho-de-uvas devido à textura da sua superfície, encontra-se em locais abrigados da corrente e sobre rochas e pedras, normalmente perto de fundos lodosos. Alimenta-se filtrando microrganismos planctónicos.
Octopus vulgaris
©Emanuel Gonçalves
Vários estudos de comportamento têm sido realizados com o polvo-comum, demonstrando que este tem uma inteligência acima da média, sendo capaz de reconhecer formas e tamanhos de objetos, bem como uma capacidade ímpar de aprendizagem.
Trinchesia cuanensis
©João Pedro Silva
Este pequeno nudibrânquio, ou lesma-do-mar, que atinge os 15 mm de tamanho. Encontra-se em fundos rochosos, junto dos hidrozoários (pequenos animais coloniais) de que se alimenta, em zonas pouco profundas.
Cliona celata
©Emanuel Gonçalves
Esponja-escavadora-amarela deve o nome à capacidade de dissolver rochas calcárias e também conchas de moluscos, ao secretar ácido. Encontra-se numa grande variedade de habitats, desde zonas costeiras e estuários, até profundidades de 100 m.
Amphorina farrani
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio, ou lesma-do-mar, cresce até aos 20 mm, mas regra geral é de menores dimensões. Pode ser encontrado em fendas e zonas pouco iluminadas de fundos rochosos onde se alimenta de várias espécies de hidrozoários (pequenos animais coloniais).
Palinurus elephas
©Emanuel Gonçalves
A lagosta-vulgar é uma espécie de alto valor comercial, estando muitas das suas populações ameaçadas pelo excesso de captura para consumo humano, sendo por isso uma espécie classificada como vulnerável, em relação à sua conservação.
Felimare bilineata
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio (animais que pertencem ao grupo das lesma-do-mar) pode atingir os 25 mm de comprimento. Encontra-se sobre fundos rochosos, onde se alimenta de esponjas.
Alcyonium digitatum
©João Pedro Silva
Alimentam-se estendendo os tentáculos dos pólipos e capturando partículas em suspensão. Geralmente no verão, quando a temperatura da água é mais alta, estes animais podem entrar num estado de dormência, com os pólipos a ficarem totalmente recolhidos.
Pomatoschistus sp.
©Emanuel Gonçalves
Este pequeno peixe (atinge no máximo 11 cm) vive normalmente sobre fundos de areia, alimentando-se de pequenos invertebrados. Estima-se que a sua longevidade seja de cerca de um ano. É alimento de várias outras espécies de peixes de valor comercial.
Balssia gasti
©João Pedro Silva
Pequeno camarão, não ultrapassando os 2 cm, vive em associação com várias espécies de gorgónias, corais e também esponjas. De difícil observação devido à sua camuflagem, pois tende a ter cor semelhante à do animal onde se encontra.
Cuthona ocellata
©João Pedro Silva
Espécie de lesma-do-mar, ou nudibrânquio, de pequenas dimensões, normalmente 10 mm. Encontra-se em fundos rochosos onde se alimenta de várias espécies de hidrozoários, minúsculos animais que vivem em colónias.
Clavularia crassa
©Emanuel Gonçalves
Os pólipos deste alcionário, ou coral mole, tem a capacidade de se retrair parcialmente, caso sejam perturbados. Quando totalmente abertos, os seus tentáculos são responsáveis pela captura de organismos planctónicos dos quais se alimenta.
Rostanga rubra
©João Pedro Silva
Nudibrânquio, ou lesma do mar, de difícil observação, devido à sua camuflagem que se confunde com as esponjas das quais se alimenta. Encontra-se normalmente perto destas em fundos rochosos. Embora raro, pode medir mais de 60 mm.
Alcyonium acaule
©João Pedro Silva
Este coral falso é na realidade uma colónia constituída por vários indivíduos, ou pólipos, que cresce em forma de dedo, podendo atingir os 20 cm de altura. Encontra-se em locais sem luz direta como saliências rochosas e grutas.
Diplodus cervinus
©Emanuel Gonçalves
O sargo-veado é um peixe de valor comercial, o que contribui para que a sua população seja alvo de sobre-exploração. Enquanto os juvenis são comuns em pradarias marinhas e zonas rochosas baixas, os adultos encontram-se a maior profundidade.
Muraena helena
©Emanuel Gonçalves
A moreia é um peixe territorial de hábitos noturnos, passando o dia escondida em fendas e buracos nas rochas. Alimenta-se de outros peixes, crustáceos e lulas. É pescada para consumo humano, e da sua pele é possível fazer um tipo de couro.
Trivia monacha
©João Pedro Silva
Este pequeno molusco gastrópode vulgarmente conhecido por beijinho, vive em fundos rochosos e debaixo de pedras a baixas profundidades, junto a colónias de ascídias das quais se alimenta.
Trapania maculata
©João Pedro Silva
Este pequeno nudibrânquio, ou lesma-do-mar, pode atingir os 17 mm de tamanho. Encontra-se em zonas de recifes rochosos cobertos de esponjas e ascídias, sobre as quais crescem os pequenos animais de que se alimenta.
Arnoglossus thori
©Emanuel Gonçalves
A carta-pontuada possui uma curiosa adaptação para a captura das presas. Um dos raios da barbatana dorsal funciona como chamariz de pequenos peixes e crustáceos, que ao aproximarem-se da boca da carta-pontuada, se transformam na sua refeição.
Spondyliosoma cantharus
©João Pedro Silva
A choupa pode ser encontrada em zonas de fundos rochosos ou de areia, alimentando-se tanto de algas como pequenos invertebrados, especialmente crustáceos. Pode formar cardumes muito numerosos e é um peixe de interesse comercial.
Berthella plumula
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio encontra-se frequentemente debaixo de pedras na zona entremarés ou a baixa profundidade, alimentando-se de esponjas e ascídias coloniais. Contém glândulas produtoras de ácido sulfúrico na sua pele de modo a evitar a predadores.
Symphodus melops
©Rui Guerra
O bodião-vulgar habita fundos rochosos cobertos de algas e em pradarias marinhas, alimentando-se de vermes, pequenos moluscos e crustáceos. Os machos deste bodião constroem ninhos de algas, onde as fêmeas depositam os ovos, protegendo-os até à eclosão.
Eunicella gazella
©João Pedro Silva
À semelhança de outras espécies de gorgónias, as colónias desta também têm o aspeto de leque, encontrando-se em zonas de recifes rochosos a baixa profundidade até aos 150 metros.
Echiichthys vipera
©Rui Guerra
O peixe-aranha é dos animais costeiros mais temidos por banhistas, pois é comum estes pisarem os raios da barbatana dorsal quando o peixe-aranha está enterrado. Estes raios contêm um veneno que provoca fortes dores.
Ectopleura larynx
©João Pedro Silva
A tubulária é um hidrozoário colonial, encontrado a baixas profundidades sobre rochas, algas e também em estruturas de origem humana e nos cascos de barcos. Os pólipos têm uma grande capacidade de regeneração.
Polycera faeroensis
©João Pedro Silva
Nudibrânquio, ou lesma do mar, de corpo quase translúcido, sendo possível observar alguns dos órgãos internos. Atinge os 40 mm de comprimento e ocorre sobre fundos rochosos onde se alimenta de briozoários (minúsculos animais coloniais).
Yungia aurantiaca
©João Pedro Silva
O verme-plano-laranja habita sobre fundos rochosos a baixa profundidade, onde se alimenta de ascídias, entre outros organismos. A sua cor garrida seve de aviso a predadores, especialmente peixes, da sua toxicidade ou sabor desagradável.
Charonia lampas
©João Pedro Silva
A buzina encontra-se sobre fundos rochosos e arenosos, a profundidades até aos 700m. É um molusco predador em especial de bivalves, estrelas e ouriços-do-mar. A sua concha está normalmente coberta de outros organismos como, por exemplo, alga coralina.
Saccorhiza polyschides
©Emanuel Gonçalves
As lâminas desta alga desempenham as funções das folhas das plantas. No entanto, em meio marinho, estas superfícies são muitas vezes colonizadas por outros organismos, desde bactérias, animais coloniais e até outras algas.
Gobius cruentatus
©Emanuel Gonçalves
O caboz-de-boca-vermelha pode atingir os 18 cm de comprimento e ser encontrado a baixas profundidades, em fundos rochosos e de areia ou pradarias de ervas marinhas. Espécie de baixo valor comercial, mas bastante apreciada em alguns locais.
Polycarpa pomaria
©João Pedro Silva
Esta ascídia, ou tunicado, solitário ocorre em fundos rochosos ou sobre pedras e conchas. Muitas vezes incorpora partículas de sedimentos ou fragmentos de conchas na sua túnica. Alimenta-se de matéria em suspensão que filtra no interior do corpo.
Taurulus bubalis
©João Pedro Silva
O peixe-escorpião vive em fundos rochosos cobertos de algas na zona entremarés. É um predador voraz, alimentando-se de uma grande variedade de animais que se aproximam de si sem o detetarem, graças à sua camuflagem.
Recife coberto de invertebrados
©Emanuel Gonçalves
Os recifes rochosos, bastante comuns na costa portuguesa, albergam uma grande diversidade de organismos. Desde algas a peixes, passando pelos mais variados invertebrados, estes são zonas de alimentação, reprodução ou descanso.
Parazoanthus axinellae
©João Pedro Silva
A anémona-incrustante-amarela pode formar densas colónias em recifes rochosos, muitas vezes sobre algas vermelhas incrustantes, esponjas, conchas e tubos de vermes. Alimenta-se de organismos planctónicos que captura com os tentáculos.
Crimora papillata
©João Pedro Silva
Esta lesma-do-mar, ou nudibrânquio, prefere locais pouco iluminados em fundos rochosos, como fendas ou pequenos buracos. Alimenta-se de briozoários, minúsculos animais coloniais. Embora possa crescer acima dos 30 mm, raramente passa dos 20 mm.
Gobius cruentatus
©Emanuel Gonçalves
O caboz-de-boca-vermelha pode atingir os 18 cm de comprimento e ser encontrado a baixas profundidades, em fundos rochosos e de areia ou pradarias de ervas marinhas. Espécie de baixo valor comercial, mas bastante apreciada em alguns locais.
Cerianthus sp.
©Emanuel Gonçalves
Os ceriantos formam os tubos onde vivem segregando um muco embutido de células que resulta numa textura fibrosa, onde se agregam também partículas de sedimento. No caso de se sentir ameaçado, o cerianto retrai-se totalmente para o interior do tubo.
Asparagopsis taxiformis
©Áthila Bertoncini
Apesar de ser comum na costa da Arrábida, esta alga-vermelha é uma espécie exótica nas nossas águas. Quando adicionada à dieta de animais ruminantes, permite reduzir mais de 90% das emissões de metano que este tipo gado emite.
Labrus bergylta
©Emanuel Gonçalves
O bodião-reticulado vive em águas costeiras, em zonas de recifes rochosos cobertos de algas, onde se alimenta de crustáceos e moluscos. Tem algum valor comercial tanto para alimentação como para peixe ornamental. Pode viver até aos 18 anos.
Symphodus cinereus
©Rui Guerra
O bodião-cinzento pode ser consumido nalguns locais, mas também é um peixe com interesse no comércio de espécies para aquários.
Larus michahellis
©João T. Tavares
Nos últimos anos a sua população de gaivota-de-patas-amarelas tem vindo a aumentar, fruto da ocupação de áreas urbanas e estruturas de origem humana. A alimentação é variada, desde peixes e caranguejos até desperdícios de atividades humanas.
Scorpaena maderensis
©João Pedro Silva
O rascasso-da-madeira vive em zonas de recifes rochosos, abrigando-se em fendas e saliências das rochas e aí aguardando pelo aproximar das presas que captura com um rápido movimento. Os raios da barbatana dorsal contêm um veneno doloroso.
Anemonia viridis
©Emanuel Gonçalves
A anémona-do-mar é uma das espécies mais comuns destes animais na costa portuguesa. Habita sobre rochas a baixas profundidades, onde pode formar densos povoamentos. Reproduz-se facilmente por divisão do corpo, originando clones de si própria.
Discodoris rosi
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio, ou lesma-do-mar, apresenta uma grande capacidade de se confundir com as esponjas incrustantes das quais se alimenta. Esta camuflagem torna-o difícil de observar. Ocorre sobre fundos rochosos e pode medir até 25 mm de comprimento.
Stolonica socialis
©João Pedro Silva
Esta espécie de ascídia pode formar colónias de vários indivíduos conectados pela base, em zonas expostas a correntes, sobre rochas e pedras por vezes parcialmente cobertas de areia. Alimenta-se de plâncton que filtra no interior do corpo.
Marthasterias glacialis
©Emanuel Gonçalves
A estrela-do-mar-de espinhos é das maiores espécies destes animais na nossa costa. Vive em vários tipos de fundos, desde os lamacentos até aos rochosos próximos da rebentação. Alimenta-se de moluscos, ouriços e outras estrelas do mar.
Balistes capriscus
©Emanuel Gonçalves
Após a eclosão, as larvas do peixe-porco migram para a superfície do mar, abrigando-se entre as comunidades flutuantes de sargaços, alimentando-se das próprias algas e também de pequenos invertebrados até atingirem o tamanho de juvenil.
Dendrophyllia ramea
©Armando Ribeiro
O coral-laranja forma colónias de estrutura calcificada de cor laranja, embora os pólipos sejam brancos. Podem ser encontrados em grutas e locais abrigados a baixa profundidade, mas também a várias centenas de metros sobre fundos rochosos.
Doriopsilla pelseneeri
©João Pedro Silva
Lesma-do-mar, ou nudibrânquio, de corpo arredondado e coberto de tubérculos, podendo atingir os 40 mm de comprimento. Alimenta-se de esponjas em zonas rochosas pouco iluminadas. Na costa portuguesa apresenta uma coloração laranja viva.
Octopus vulgaris
©Emanuel Gonçalves
O polvo-comum é de grande valor para o sector das pescas português, sendo até exportado para o Japão. Tipicamente é capturado por armadilhas, como covos ou alcatruzes. Têm-se feito tentativas de produção em aquacultura, mas sem sucesso até ao momento.
Inachus phalangium
©João Pedro Silva
Este caranguejo-da-anémona habita em fundos rochosos, normalmente associado às anémonas-do-mar, alimentando-se de restos de comida e muco destas. A sua carapaça pode estar coberta de outros organismos, como esponjas, que lhe conferem uma melhor camuflagem.
Chelidonichthys lastoviza
©Emanuel Gonçalves
Quando se sente ameaçado o ruivo, ou cabra-riscada, abre as barbatanas peitorais, exibindo as suas manchas azuis, de modo a afugentar eventuais predadores. Também se acredita que as podem usar em rituais de acasalamento.
Serranus cabrilla
©Emanuel Gonçalves
O serrano-alecrim vive sobre fundos rochosos e de areia ou lodo, até aos 500 metros de profundidade, onde caça pequenos peixes, lulas e crustáceos, embora já tenha sido observado a alimentar-se de animais mortos.
Sabella spallanzani
©Rui Guerra
Esta é das maiores espécies de espirógrafo, um verme que forma tubos de muco e partículas de sedimentos. Cresce em zonas de corrente fraca, sobre rochas, estruturas artificiais, na areia ou lodo. Na base do tubo é comum crescerem outros organismos.
Actinothoe sphyrodeta
©João Pedro Silva
A anémona-branca vive geralmente em fundos rochosos ou duros, sobre superfícies planas. Corpo com cerca de 2 cm de diâmetro e até 120 tentáculos. Reproduz-se por fissão, separando-se a partir da base, dando origem a dois indivíduos.
Cereus pedunculatus
©João Pedro Silva
Esta anémona possui mais de 500 tentáculos – até 1000! - que são normalmente a parte visível do animal, ficando o resto do corpo oculto em fendas e buracos nas rochas ou na areia. Em caso de ameaça recolhe-se completamente.
Caryophyllia inornata
©João Pedro Silva
Pequeno coral solitário, de exoesqueleto calcificado, que prefere zonas pouco iluminadas ou escuras, como grutas, fendas ou faces verticais e suspensas de rochas. Pode ser encontrado em grandes números.
Raja undulata
©Inês Sousa
Entre março e setembro, a raia-riscada deposita os seus ovos em zonas de areia ou lodo. Estes têm a forma de saco com uns ganchos nos cantos e são vulgarmente chamados de bolsas de sereia.
Galathea strigosa
©João Pedro Silva
Este caranguejo-diabo, embora comestível e apreciado em alguns locais não é considerada uma espécie de valor comercial. Habita zonas rochosas, em fendas e grutas, desde zonas pouco profundas até ao 600 metros.
Peixes de recife rochoso
©Emanuel Gonçalves
Os recifes rochosos, bastante comuns na costa portuguesa, albergam uma grande diversidade de organismos. Desde algas a peixes, passando pelos mais variados invertebrados, são zonas de alimentação, reprodução ou simplesmente paragens para descanso.
Chaetopleura angulata
©João Pedro Silva
Este é o maior quíton encontrado em águas portuguesas. Habita zonas de rocha e areia a baixa profundidade onde se alimenta de algas que crescem sobre as pedras, raspando-as com a sua rádula, uma estrutura semelhante a uma língua com pequenos dentes.
Prostheceraeus roseus
©João Pedro Silva
Esta planária, ou verme-de-fita, alimenta-se de ascídias que encontra sobre fundos rochosos, a baixas profundidades. É um animal hermafrodita, cada indivíduo apresenta órgãos de ambos os sexos ao mesmo tempo.
Jorunna tomentosa
©João Pedro Silva
Lesma-do-mar de difícil observação, graças aos padrões de manchas no seu corpo que imitam as esponjas das quais se alimenta. Vive nas proximidades destas, em fundos rochosos e pode atingir os 50 mm de tamanho.
Loligo sp.
©João Pedro Silva
Nas lulas, a época de reprodução ocorre durante todo o ano. Após o acasalamento as fêmeas fazem posturas geralmente em buracos ou fendas nas rochas. Podem chegar a ser vinte, em forma de sacos, com cerca de 200 a 300 ovos cada.
Aaptos papillata
©Nuno Vasco Rodrigues
Como praticamente todas as esponjas, é um animal filtrador, alimentando-se de bactérias e partículas que ficam retidas no seu interior. Cresce em forma de cúpula e encontra-se normalmente sob a areia, sendo apenas visíveis os “mamilos” que a cobrem.
Eualus cranchii
©João Pedro Silva
Este pequeno camarão, com tamanho à volta dos 2 cm, encontra-se em zonas de baixa profundidade debaixo de pedras ou em buracos, e também em entre algas e em pradarias de ervas marinhas.
Processa edulis
©João Pedro Silva
Pequeno camarão de hábitos noturnos, encontra-se a baixas profundidades, em locais abrigados da luz ou entre ervas marinhas.
Anthias anthias
©Áthila Bertoncini
O canário-do-mar vive em grupos junto a grutas e formações rochosas. Estes grupos são geralmente constituídos por fêmeas e apenas um macho. Quando este morre a fêmea maior muda de sexo, passando a dominar o grupo.
Scyllarus arctus
©João Pedro Silva
A bruxa, ou cavaquinho, é um animal de hábitos noturnos, escondendo-se em buracos ou fendas nas rochas durante o dia. Alimenta-se de vários organismos e detritos. É uma espécie de valor comercial, embora as capturas sejam pouco expressivas.
Aldisa smaragdina
©João Pedro Silva
Podendo ser encontrado debaixo de pedras em fundos rochosos de pouca profundidade, geralmente sobre uma esponja vermelha incrustante da qual também se alimenta, este nudibrânquio é mais um caso de notável camuflagem. Atinge os 30 mm de comprimento.
Atheryna presbyter
©Emanuel Gonçalves
O peixe-rei vive em cardumes nas zonas costeiras e junto a estuários, embora durante o inverno migre para águas mais profundas. Alimenta-se de pequenos crustáceos e larvas de outros peixes. Em alguns locais de Portugal é muito apreciado na gastronomia.
Arnoglossus thori
©Emanuel Gonçalves
Graças à sua coloração e forma do corpo, a carta-pontuada fica facilmente camuflada no fundo, atraindo as suas presas com um “isco”, que mais não é que um raio da barbatana dorsal modificado.
Prostheceraeus moseleyi
©João Pedro Silva
Esta planária, ou verme-de-fita, alimenta-se de ascídias que encontra sobre fundos rochosos, a baixas profundidades. A coloração deste verme imita a de alguns nudibrânquios que os predadores reconhecem como tóxicos ou de mau sabor.
Syngnathus acus
©Emanuel Gonçalves
Como outros peixes desta família que inclui os cavalos-marinhos, a fêmea de marinha-comum deposita os ovos numa bolsa do macho, onde são fertilizados, e que pode suportar até 400 ovos de várias fêmeas.
Felimare tricolor
©João Pedro Silva
Esta lesma-do-mar pode atingir os 30 mm de comprimento embora normalmente de menores dimensões. Encontra-se em locais pouco iluminados de fundos rochosos, onde se alimenta de esponjas.
Aeolidiella alderi
©João Pedro Silva
Esta lesma-do-mar pode ser encontrada na zona entre-marés, onde se alimenta de uma grande variedade de anémonas. Tem o corpo coberto de apêndices e de cor alaranjada, mas que pode variar conforme o alimento ingerido. Cresce até aos 14 mm.
Spirastrella cunctatrix
©João Pedro Silva
Esta esponja-incrustante, bastante comum em alguns locais, cresce sobre rochas e pedras em zonas abrigadas da luz, como grutas ou saliências rochosas. Como as outras esponjas, alimenta-se filtrando partículas orgânicas e microrganismos planctónicos.
Amphorina linensis
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio, ou lesma-do-mar, cresce até aos 20 mm, mas regra geral é de menores dimensões. Pode ser encontrado em zonas pouco iluminadas de fundos rochosos onde se alimenta de várias espécies de hidrozoários (pequenos animais coloniais).
Taínhas, Liças e Muges
©Emanuel Gonçalves
Existem várias espécies de taínhas (também chamada liça e muge), nem sempre fáceis de distinguir. Em geral encontram-se a baixas profundidades junto à costa e em estuários de rios. É comum observá-la zonas de atividade humana com águas poluídas.
Clavularia crassa
©Emanuel Gonçalves
O corpo translucido deste alcionário, ou coral mole, permite observar o seu interior. Durante a época de reprodução, os ovos ficam juntos ao exterior do animal até à eclosão das larvas que se dispersam na água. O seu estatuto de conservação é considerado pouco preocupante.
Diplodus vulgaris
©João Pedro Silva
A safia é facilmente encontrada perto da costa, em zonas de recifes rochosos, onde se alimenta de crustáceos, vermes e moluscos. Atinge a maturidade sexual aos dois anos ou quando atinge os 17 cm de comprimento. Peixe com valor comercial.
Caloria elegans
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio ou lesma-do-mar, vive em fundos rochosos, geralmente em zonas pouco iluminadas, onde se alimenta de várias espécies de hidrozoários (minúsculos animais coloniais). Pode atingir os 20 mm de comprimento.
Serranus cabrilla
©Emanuel Gonçalves
O serrano-alecrim é um peixe hermafrodita, em que cada indivíduo tanto pode ser fêmea ou macho. Em caso de ausência de parceiro, já foi documentada a capacidade de se auto-fecundar. Atinge a maturidade sexual com cerca de 15 cm de tamanho.
Sepia officinallis
©Emanuel Gonçalves
Durante a sua curta vida, normalmente não mais que 2 anos, os chocos adultos migram durante a primavera e o verão de águas mais profundas para zonas mais próximas da costa para aí se reproduzirem. As fêmeas chegam a depositar até 4000 ovos.
Felimare cantabrica
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio (animais que pertencem ao grupo das lesma-do-mar) pode atingir os 50 mm de comprimento. Encontra-se sobre fundos rochosos, onde se alimenta de esponjas. As posturas são em forma de fitas, em espirais e com os ovos brancos.
Gobius xanthocephalus
©Emanuel Gonçalves
Este caboz-dourado vive em zonas rochosas pouco profundas e em pradarias marinhas. Cresce até aos 10 cm e alimenta-se de pequenos animais, em especial de crustáceos.
Sabella pavonina
©João Pedro Silva
Verme-tubícola, encontrado em zonas pouco profundas e entremarés. Os seus tubos são formados por um muco que segrega, no qual se aglutinam partículas de sedimento fino, ficando enterrado no lodo ou areia, apenas com os tentáculos de fora.
Sarpa salpa
©João Pedro Silva
A salema forma cardumes, por vezes numerosos, sobre zonas rochosas, ou pradarias de ervas marinhas. Os juvenis alimentam-se de organismos planctónicos, enquanto os adultos são exclusivamente herbívoros. Peixe de baixo valor comercial.
Anemonia viridis
©Emanuel Gonçalves
A presença de algas microscópicas nos tentáculos da anémona-do-mar é responsável pela sua cor verde. Esta relação simbiótica fornece algum alimento à anémona, embora esta seja uma predadora voraz de pequenos peixes, crustáceos e moluscos.
Zeugopterus punctatus
©João Pedro Silva
Ao contrário da maioria dos peixes planos, o rodovalho-bruxa prefere fundos rochosos e cobertos de algas em vez de arenosos, onde fica perfeitamente camuflado e aguarda pelas suas presas: pequenos peixes e crustáceos.
Gobius gasteveni
©Emanuel Gonçalves
O caboz-de-escama encontra-se normalmente sobre fundos de areia lamacenta com pequenas pedras ou rochas dispersas, geralmente entre os 30 e os 250 metros de profundidade.
Rhizostoma sp.
©Luís Quinta
Esta medusa é acompanhada de juvenis de carapau que se alimentam de pequenos animais planctónicos capturados pelos tentáculos da medusa, beneficiando também de proteção contra predadores maiores.
Piseinotecus sphaeriferus
©João Pedro Silva
Pequeno nudibrânquio, animais que pertencem ao grupo das lesmas-do-mar, que raramente ultrapassa os 6 mm de tamanho. Encontra-se sobre algas e ervas marinhas, onde se alimenta de minúsculos animais que crescem sobre estas.
Epinephelus marginatus
©Emanuel Gonçalves
O mero é uma das espécies emblemáticas das nossas águas. Está considerado como uma espécie vulnerável dada a redução das suas populações nos últimos anos, em especial devido ao excesso de pesca. Vive em zonas de recifes rochosos até aos 300 metros.
Haliotis tuberculata
©João Pedro Silva
A orelha-do-mar encontra-se em fundos rochosos, normalmente debaixo de pedras, a baixa profundidade onde se alimenta de algas, preferindo as vermelhas. Quando ameaçado retrai-se no interior da concha ficando firmemente fixo à rocha.
Spurilla neapolitana
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio, ou lesma-do-mar, vive debaixo de pedras na zona entremarés, alimentando-se de várias anémonas. Os apêndices no seu dorso podem conter as células urticantes e as microalgas simbióticas dos tentáculos das anémonas.
Tritonia nilsodhneri
©João Pedro Silva
Nudibrânquio, ou lesma-do-mar, de difícil observação devido à sua camuflagem e mimetismo com as gorgónias onde e das quais se alimenta. Atinge os 30 mm de comprimento e as suas posturas são espirais enroladas nos ramos das gorgónias.
Antiopella cristata
©João Pedro Silva
Nudibrânquio de corpo translúcido, com tons de beije ou amarelo. Possui numerosos apêndices ao redor do corpo. Alimenta-se de briozoários, minúsculos animais coloniais, em zonas normalmente pouco iluminadas. Pode chegar aos 50 mm de cumprimento.
Lepidorhombus whiffiagonis
©Rui Guerra
O areeiro pode ser encontrado em profundidades até os 800 m, em fundos arenosos ou lamacentos, onde se alimenta de pequenos peixes, lulas e crustáceos. É uma espécie predada por bacalhaus, tubarões e focas, e alvo de pesca por redes de arrasto.
Lepidonotus clava
©João Pedro Silva
Este verme encontra-se na zona entremarés em fundos arenosos ou vasosos, debaixo de pedras, entre algas e em recifes formados por tubos de outros vermes.
Peixes chatos
©Emanuel Gonçalves
As larvas dos peixes-chatos são semelhantes às dos outros peixes. Depois, um dos olhos vai migrando para o mesmo lado do outro, enquanto o corpo adquire a sua característica forma que lhes permite passar despercebidos nos fundos de areia.
Lepadogaster candolii
©João Pedro Silva
O peixe-ventosa apresenta uma transformação das barbatanas pélvicas num disco de sucção que lhe permite fixar-se a pedras, rochas e ervas marinhas. Alimenta-se de pequenos invertebrados, podendo agir como limpador de peixes maiores, como o mero.
Sagartia elegans
©João Pedro Silva
Esta anémona vive sobre fundos rochosos, em fendas e pequenos buracos. É capaz de se deslocar, por vezes libertando fragmentos da sua base que originam novos indivíduos. Alimenta-se de pequenos invertebrados capturados pelos seus tentáculos.
Pagurus anachoretus
©João Pedro Silva
Como todos os caranguejos-ermita, esta espécie não tem todo o corpo coberto pelo esqueleto externo, protegendo-se em conchas de moluscos gastrópodes vazias, trocando-as durante o seu crescimento. Vive sobre fundos rochosos.
Syngnathus acus
©Emanuel Gonçalves
A marinha-comum vive em zonas costeiras de pradarias de algas e ervas marinhas, alimentando-se de pequenos crustáceos, como camarões e outros semelhantes, bem como larvas e juvenis de peixes.
Marionia blainvillea
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio encontra-se frequentemente em paredes rochosas, onde exista uma grande concentração das suas presas, gorgónias e outras espécies semelhantes. Os juvenis são de cor esbranquiçada, passando a vermelho ou alaranjado em adulto.
Peltodoris atromaculata
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio, também conhecido por vaca-do-mar devido ao seu padrão de manchas e corpo branco, alimenta-se exclusivamente de esponjas em zonas de sombra de fundos rochosos. Pode atingir os 120 mm de tamanho.
Felimida krohni
©João Pedro Silva
Esta é uma das espécies de nudibrânquios (ou lesma-do-mar) mais comuns da nossa costa. Pode atingir os 30 mm de comprimento e encontra-se normalmente em locais pouco iluminados e debaixo de pedras em fundos rochosos, onde se alimenta de esponjas.
Palinurus elephas
©Luís Quinta
A lagosta-vulgar é mais ativa no período noturno, saindo das pequenas grutas e buracos onde habita para caçar diversos moluscos, estrelas e ouriços-do-mar e outros crustáceos, podendo também alimentar-se de animais mortos.
Myriapora truncata
©João Pedro Silva
Este falso-coral é na realidade um briozoário. Formam colónias de pequenos indivíduos designados zooides, diferentes dos pólipos de corais e outros animais semelhantes. Estas crescem em fendas grutas. Quando fora da água, rapidamente perde a cor.
Trapania tartanella
©João Pedro Silva
Este pequeno nudibrânquio, ou lesma-do-mar, tem o corpo translúcido que permite observar os órgãos internos. Encontra-se em zonas de recifes rochosos cobertas de esponjas e ascídias, sobre as quais crescem os pequenos animais de que se alimenta.
Ophioderma longicaudum
©João Pedro Silva
Este ofiurídeo vive sobre fundos rochosos ou arenosos ricos em matéria orgânica da qual se alimenta. Como outros animais deste grupo, no caso de sofrerem uma amputação de parte do corpo, conseguem regenerá-lo totalmente.
Phallusia fumigata
©João Pedro Silva
A ascídia-negra pode ser encontrada sobre pedras ou rochas, normalmente em zonas pouco iluminadas. É um animal filtrador, alimentando-se de organismos planctónicos que ficam retidos no interior do seu corpo.
Periclimenes sagittifer
©João Pedro Silva
Este pequeno camarão vive associado a anémonas, em especial a anémona-do-mar, beneficiando da proteção desta. Já foi observado a alimentar-se das pontas dos tentáculos da anémona.
Trinchesia genovae
©João Pedro Silva
Pequeno nudibrânquio, ou lesma-do-mar, medindo no máximo 10 mm. Encontra-se junto dos hidrozoários (pequenos animais coloniais) de que se alimenta e onde faz as suas posturas, em zonas pouco iluminadas de recifes rochosos.
Holothuria sp.
©Emanuel Gonçalves
Nos últimos anos os pepinos-do-mar têm sofrido de uma exploração intensa, essencialmente para mercados asiáticos onde são utilizados na medicina tradicional. Têm também interesse gastronómico, o que tem levado a tentativas de produção em aquacultura.
Leptopsammia pruvoti
©João Pedro Silva
Este coral-solitário encontra-se frequentemente em zonas em zonas rochosas mais abrigadas de correntes, como grutas ou saliências e fendas de rochas. Em casos raros pode-se observar aglomerados deste animal, formando pseudocolónias.
Polycitor crystallinus
©João Pedro Silva
Esta ascídia forma colónias até vinte indivíduos, em fendas e outros locais rochosos. Alimenta-se filtrando partículas em suspensão e organismos planctónicos.
Felimare picta
©João Pedro Silva
Este é o nudibrânquio, de maiores dimensões, podendo chegar aos 200 mm de comprimento. Encontra-se em locais pouco iluminados de fundos rochosos, onde se alimenta de esponjas.
Lysmata seticaudata
©João Pedro Silva
Este camarão-limpador vive geralmente em fendas e buracos de rochas, onde presta serviços de limpeza a peixes. Tem interesse comercial, em especial para aquários, dada a sua apetência para se alimentar de espécies de anémonas que se tornam pragas.
Antipathella wollastoni
©Armando Ribeiro
Os corais-negros tem este nome devido ao seu esqueleto. As ramagens apresentam várias cores, como o branco, verde, laranja e castanho avermelhado. São espécies de crescimento lento, menos de 1cm por ano, podendo atingir idade acima dos 100 anos.
Coris julis
©Emanuel Gonçalves
A judia atravessa duas fases de desenvolvimento sexual. Na primeira convivem indivíduos dos dois sexos, mas ao passarem à segunda, todos se convertem em machos. De salientar que a partir dos 18cm de comprimento, todos são machos de segunda fase.
Labrus bergylta
©Emanuel Gonçalves
Durante a época de reprodução, o macho de bodião-reticulado constrói um ninho de algas em fendas nas rochas, onde uma ou mais fêmeas depositam os ovos. Ao nascerem são todos fêmeas, mudando de sexo entre os 4 e os 14 anos.
Lima lima
©João Pedro Silva
Este bivalve encontra-se tanto sobre fundos rochosos e coralinos, como em pradarias de ervas marinhas. Alimenta-se de organismos planctónicos e de matéria em suspensão que filtra da água.
Halobatrachus didactylus
©Emanuel Gonçalves
O charroco é um predador de emboscada, enterrando-se parcialmente na areia ou lodo e ocultando-se em fendas nas rochas, onde aguarda pelas suas presas: pequenos crustáceos, moluscos e peixes. Emite vários sons característicos durante a época de reprodução.
Trisopterus luscus
©Emanuel Gonçalves
A faneca forma cardumes junto a recifes rochosos, os juvenis a baixas profundidades e os adultos até aos 300 metros. Alimenta-se de vermes, crustáceos e pequenos peixes e é por sua vez base da alimentação de peixes predadores como bacalhau.
Eunicella verrucosa
©Rui Guerra
Esta gorgónia está classificada como espécie vulnerável, sendo alvo de vários estudos e tentativas de transplante para zonas onde outrora era comum, mas que devido a fatores como o uso de redes de arrasto e crescimento lento foi desaparecendo.
Berthella stellata
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio encontra-se frequentemente debaixo de pedras na zona entremarés ou a baixa profundidade. A glândula digestiva é facilmente visível, graças ao seu corpo transparente. Animal hermafrodita que cresce até aos 35 mm de comprimento.
Boops boops
©Rui Guerra
A boga forma cardumes que vivem perto dos fundos marinhos, aproximando-se da superfície à noite. Alimenta-se de pequenos crustáceos e algas. De baixo valor comercial, sendo grande parte da sua captura destinada para a produção de farinha de peixe.
Thorogobius ephippiatus
©João Pedro Silva
Este góbio-leopardo, também chamado bochecha-pintada, habita nas zonas de areia de recifes rochosos, em pequenas grutas e buracos debaixo de rochas. Alimenta-se essencialmente de vermes e pequenos crustáceos.
Facelina auriculata
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio, ou lesma-do-mar, cresce até aos 50 mm, mas regra geral é de menores dimensões. Encontra-se sobre fundos rochosos e na zona entremarés debaixo de pedras. Alimenta-se de várias espécies de hidrozoários (pequenos animais coloniais).
Gobius paganellus
©João Pedro Silva
Como o nome indica, o caboz-da-rocha vive em zonas rochosas a baixas profundidades, sendo comum encontrá-lo em poças de maré com algas. Alimenta-se de uma grande variedade de pequenos crustáceos e peixes, mas também de algas.
Hippocampus guttulatus
©Diogo Paulo
Como a maioria das espécies de cavalos-marinhos, durante a reprodução a fêmea deposita os ovos numa bolsa do macho, onde eclodem e se desenvolvem até atingirem um determinado tamanho, altura em que são expelidos pequenos cavalos-marinhos.
Eupolymnia nebulosa
©João Pedro Silva
Este verme vive em tubos enterrado na areia, lodo ou debaixo de pedras. Possui numerosos e longos tentáculos na cabeça, através dos quais se alimenta de pequenas partículas ou detritos de matéria orgânica.
Mullus surmuletus
©Emanuel Gonçalves
Peixe bastante apreciado como alimento, o salmonete vive geralmente junto a fundos arenosos e lodosos, onde captura as suas presas - vermes, crustáceos e moluscos – que localiza graças a dois barbilhos na parte inferior da boca.
Hippocampus guttulatus
©Luís Quinta
À semelhança de todas as espécies de cavalos-marinhos, esta está também protegida por várias convenções internacionais. As maiores ameaças prendem-se com a destruição do seu habitat, a captura para fins de medicina tradicional e para a aquariofilia.
Processa macrophthalma
©João Pedro Silva
Pequeno camarão de hábitos noturnos, encontra-se a baixas profundidades, em locais abrigados da luz ou entre ervas marinhas.
Homarus gammarus
©João Pedro Silva
O lavagante é uma das espécies de crustáceos de maior valor comercial. Habita normalmente em fendas e buracos nas rochas, mas também são capazes de escavar abrigos em fundos móveis. Espécie de hábitos noturnos, com uma alimentação muito variada.
Chelidonichthys lastoviza
©João Pedro Silva
O ruivo, também chamado de cabra-riscada, pode ser encontrado sobre fundos rochosos e arenosos. Alimenta-se de crustáceos, especialmente caranguejos enterrados, que deteta graças aos espinhos das barbatanas pélvicas que funcionam como órgão sensoriais.
Pagurus cuanensis
©João Pedro Silva
O caranguejo-ermita-cabeludo vive sobre diversos tipos de fundos, onde se alimenta de algas, detritos ou outros pequenos invertebrados. À medida que vai crescendo, precisa de trocar de concha, para acomodar o seu corpo.
Calliactis parasitica
©João Pedro Silva
Apesar do nome, a anémona-parasita estabelece relações benéficas com os caranguejos-eremita, fixando-se às conchas destes, proporcionando proteção contra os seus predadores. O caranguejo ao alimentar-se, atira pedaços de comida que a anémona aproveita.
Ovos de peixe
©Rui Guerra
Muitos peixes da família dos blénios fazem a postura dos ovos em fendas ou debaixo de pedras e dentro de conchas. Os olhos costumam ser dos primeiros órgãos a serem visíveis. Quando eclodem, as larvas dispersam-se pela água.
Ophiocomina nigra
©João Pedro Silva
Aparentado com as estrelas-do-mar, este ofiurídeo-negro vive em locais normalmente abrigados da luz e em grandes densidades. Alimenta-se de pequenos invertebrados, detritos de algas ou animais mortos, ou de partículas em suspensão.
Paramuricea clavata
©Armando Ribeiro
Esta gorgónia é considerada como engenheira de ecossistemas, pois a sua presença altera significativamente o fluxo da água, a sedimentação de partículas, entre outros fatores, ajudando a criar habitats para muitas outros organismos.
Elysia viridis
©João Pedro Silva
Esta lesma-do-mar encontra-se em locais pouco profundos, sobre algas verdes, em especial de chorão-do-mar. Além de consumir a alga, consegue reter os cloroplastos desta no seu corpo, continuando estes funcionais e contribuindo para a nutrição da lesma.
Facelina annulicornis
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio, ou lesma-do-mar. Pode ser encontrado em zonas pouco iluminadas de fundos rochosos cobertos de detritos e pequenos animais coloniais como briozoários e hidrozoários dos quais se alimenta, além de outras lesmas-do-mar.
Simnia spelta
©João Pedro Silva
Este pequeno molusco encontra-se frequentemente sobre várias espécies de gorgónias, das quais se alimenta e onde coloca as posturas, compostas por várias bolsas gelatinosas de ovos.
Felimare fontandraui
©João Pedro Silva
Esta lesma-do-mar pode atingir os 40 mm de comprimento embora normalmente de menores dimensões. Encontra-se em locais pouco iluminados de fundos rochosos, onde se alimenta de esponjas.
Gobius cruentatus
©João Pedro Silva
O caboz-de-boca-vermelha pode atingir os 18 cm de comprimento e ser encontrado a baixas profundidades, em fundos rochosos e de areia ou pradarias de ervas marinhas. Espécie de baixo valor comercial, mas bastante apreciada em alguns locais.
Lanice conchilega
©Rui Guerra
Muitos vermes vivem enterrados no substrato, formando tubos que incorporam areia ou fragmentos de conchas e se estendem acima da superfície.
Aplidium sp.
©João Pedro Silva
Ascídia colonial, formada por vários indivíduos. Animal hermafrodita, após fertilização os ovos são libertados na água dando a origem a larvas com capacidade natatória que mais tarde se fixam ao substrato, metamorfoseando-se no adulto.
Aplysina aerophoba
©João Pedro Silva
Esta esponja forma massas tubulares que chegam a medir 10 cm de altura e 2 cm de diâmetro. Apresenta uma forte coloração amarela, no entanto se retirada de água rapidamente adquire tons de azul escuro e preto. Tem uma textura a lembrar borracha.
Zeugopterus regius
©João Pedro Silva
Este rodovalho-bruxa encontra-se normalmente sobre fundos rochosos, embora menos frequentemente em fundos de areia mais grosseira. Alimenta-se de pequenos peixes e invertebrados.
Sepia officinallis
©Emanuel Gonçalves
O choco é um molusco cefalópode, de hábitos noturnos, encontrando-se enterrado em fundos de areia e lodo durante o dia e caçando à noite pequenos crustáceos e peixes. Tem alto valor comercial, estando a ser estudada a sua produção em aquacultura.
Pagrus auriga
©Emanuel Gonçalves
Em juvenil, é frequente encontrar o pargo-sêmola em zonas menos profundas ao contrário dos adultos. Vive junto a fundos rochosos, onde se alimenta de bivalves, crustáceos e cefalópodes como lulas. Espécie de grande interesse comercial.
Parablennius gattorugine
©João Pedro Silva
A marachomba-babosa pode ser encontrada em águas pouco profundas, normalmente em fendas de recifes rochosos, mas também entre algas e ervas marinhas. São peixes territoriais e o macho protege os ovos de várias fêmeas até à eclosão.
Nausithoe punctata
©João Pedro Silva
Durante a fase adulta, esta pequena medusa-de-coroa encontra-se a nadar na coluna de água. Durante o seu ciclo de vida, possui uma fase larvar tipo pólipo, fixa a diferentes substratos ou outros animais, que mais tarde se transforma em medusa.
Serpula vermicularis
©João Pedro Silva
Como outros vermes tubícolas, a sérpula alimenta-se de organismos planctónicos que filtra através de tentáculos com uma estrutura semelhante a uma pena. No caso de ser perturbado, recolhe rapidamente o corpo para dentro do tubo.
Lanice conchilega
©Emanuel Gonçalves
Quando se agrega em grandes números, o verme-de-areia pode ser considerado um construtor de recife, pois os aglomerados que formam alteram significativamente o habitat ao seu redor influenciando a presença de outras espécies de organismos.
Palaemon serratus
©João Pedro Silva
O camarão-branco-legítimo, ou camarão-da-costa, vive normalmente em grupos, em grutas e fendas nas rochas, mas também em pradarias de ervas marinhas. Serve de alimento a várias espécies de peixes, sendo por isso mais ativo durante a noite.
Favorinus branchialis
©João Pedro Silva
Nudibrânquio, ou lesma-do-mar, que pode atingir os 25 mm de comprimento, mas normalmente de menores dimensões. Animal de difícil observação, encontra-se regularmente junto às posturas de outras lesmas-do-mar das quais se alimenta.
Melanella alba
©João Pedro Silva
Pequeno gastrópode (até 20 mm de comprimento), encontrado sobre pedras em fundos arenosos e lodosos ou de cascalho e muitas vezes associado a pepinos-do-mar.
Phoronis hippocrepia
©João Pedro Silva
Este pequeno verme vive em tubos que incrustam vários tipos de substratos, desde pedaços de madeira, esqueletos de corais e conchas a rochas e algas coralinas, em zonas de pouca luz. Se perturbado, o animal retrai-se rapidamente para o interior do tubo.
Symphodus roissali
©João Pedro Silva
O bodião-manchado encontra-se em recifes rochosos cobertos de algas e pradarias de ervas marinhas, onde se alimenta de vermes, moluscos, crustáceos e ouriços-do-mar. É um peixe de interesse como espécie ornamental.
Phalacrocorax aristotelis
©Luís Quinta
O corvo-marinho-de-crista é uma ave exclusiva de zonas costeiras. É residente em Portugal, sendo por isso observável todo o ano. Excelente nadador consegue mergulhar até aos 45 metros de profundidade na busca de peixes que compõem a sua dieta.
Halocynthia papillosa
©João Pedro Silva
Esta ascídia-vermelha, também conhecida por pêssego-do-mar, encontra-se sobre fundos rochosos ou de areia mais grossa com fragmentos de conchas e corais. Alimenta-se de partículas em suspensão que filtra no interior do corpo.
Anilocra physodes
©João Pedro Silva
Esta espécie de crustáceo é um parasita de várias espécies de peixes, fixando-se normalmente na pele do hospedeiro graças aos ganchos terminais das patas. Podem provocar a morte do hospedeiro, caso seja um peixe de pequenas dimensões.
Tritia reticulata
©Rui Guerra
Este búzio encontra-se em fundos de areia e lodo a baixas profundidades. É tolerante a baixas salinidades, estando presente em estuários. Possui um forte sentido de olfato que lhe permite detetar os animais mortos e em decomposição de que se alimenta.
Pycnoclavella taureanensis
©João Pedro Silva
Pequena ascídia colonial, cresce sobre fundos rochosos a baixa profundidade. Os indivíduos da colónia, ou zooídes, desaparecem durante o inverno, voltando a crescer na primavera e reproduzindo-se no verão.
Leptogorgia sarmentosa
©Rui Guerra
Esta gorgónia cresce sobre pedras e rochas, parcialmente cobertas de areia, em zonas normalmente expostas a correntes de água. Pode ser encontrada até aos 300 metros de profundidade.
Facelina quatrefagesi
©João Pedro Silva
Nudibrânquio, ou lesma-do-mar, pouco observado. Pode ser encontrado em zonas pouco iluminadas de fundos rochosos, onde se alimenta de hidrozoários (pequenos animais coloniais).
Capellinia doriae
©João Pedro Silva
Pequeno nudibrânquio ou lesma-do-mar, que cresce até aos 12 mm. Pode ser encontrado em fundos rochosos, onde abundem hidrozoários (pequenos animais coloniais) dos quais se alimenta.
Bispira volutacornis
©Emanuel Gonçalves
Este verme-tubícola alimenta-se de partículas em suspensão que são capturadas nos seus tentáculos semelhantes a penas. Estes tentáculos possuem células sensíveis à luz que permitem ao animal recolher-se rapidamente no tubo quando se sente ameaçado.
Cystoseira usneoides
©Emanuel Gonçalves
A cauda-de-raposa é uma alga castanha bastante ramificada, que se fixa em zonas rochosas por intermédio de uma estrutura semelhante a um disco, formando povoamentos densos que servem de abrigo para muitos outros organismos.
Zostera marina
©Rui Guerra
As pradarias marinhas formadas por plantas como esta seba, são habitats únicos na manutenção da biodiversidade. Entre outras funções ecológicas, servem de maternidade a inúmeras espécies de animais, como é o caso desta postura de gastrópode.
Doto floridicola
©João Pedro Silva
Lesma-do-mar, ou nudibrânquio, que vive exclusivamente sobre apenas uma espécie de hidrozoário (minúsculos animais coloniais), da qual também se alimenta e onde faz as posturas dos ovos de cor branca e em zigue-zague.
Dictyota cyanoloma
©Rui Guerra
A dictiota é uma alga castanha cada vez mais comum em águas portuguesas. Crê-se que seja originária da Austrália e se tenha dispersado desde o Mediterrâneo. Contém vários compostos que estão a ser estudados para avaliar a sua utilização pelo Homem.
Aegires punctilucens
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio, ou lesma-do-mar, de pequenas dimensões (até 20 mm), encontra-se em fundos rochosos onde se alimenta de uma espécie particular de esponja. Os inúmeros apêndices que lhe cobrem o corpo conferem-lhe uma excelente camuflagem.
Echinaster sepositus
©João Pedro Silva
A estrela-do-mar-vermelha é uma das espécies mais comuns destes animais nas nossas águas. Vive em fundos rochosos, arenosos e em pradarias de ervas marinhas, onde se alimenta de matéria orgânica. Não há fase larvar, dos ovos eclodem pequenas estrelas-do-mar.
Geitodoris planata
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio (animais que pertencem ao grupo das lesma-do-mar) pode atingir os 60 mm de comprimento. Encontra-se debaixo de pedras a baixas profundidades, onde se alimenta de esponjas incrustantes. Possui glândulas produtoras de ácido sobre o corpo.
Parablennius ruber
©João Pedro Silva
O caboz-português encontra-se em recifes rochosos a baixa profundidade, normalmente em fendas ou pequenos buracos nas rochas. Alimentam-se de uma grande variedade de animais, como anémonas, moluscos, vermes e crustáceos e também algas vermelhas.
Symphodus bailloni
©Rui Guerra
Este bodião vive em zonas pouco profundas, em recifes rochosos cobertos de algas e pradarias de ervas marinhas, onde se alimenta de vermes, moluscos e crustáceos, em alguns casos parasitas de outros peixes.
Cystoseira usneoides
©Emanuel Gonçalves
A cauda-de-raposa pode ser usada como bioindicador, uma vez que a sua presença depende da boa qualidade da água. É uma alga rica em substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias, e têm sido estudadas possíveis propriedades antitumorais.
Bonellia viridis
©João Pedro Silva
A bonélia vive em fendas nas rochas ou tocas abandonadas de outros animais, e apenas o seu longo probóscide é visível. O macho é cerca de cem vezes mais pequeno que a fêmea e vive sobre esta, ou no seu interior, com a única função de fertilizar os ovos.
Phycis phycis
©João Pedro Silva
A abrótea-da-costa é um peixe de hábitos noturnos, escondendo-se em grutas e buracos nas rochas. Vive geralmente perto de fundos rochosos e de areia ou lodo, onde se alimenta de pequenos peixes e de várias espécies de invertebrados.
Tethya citrina
©Áthila Bertoncini
Também chamada de citrino-do-mar, esta esponja apresenta tons entre o amarelo e o laranja. A sua forma é normalmente globular e a textura exterior verrugosa. Atinge os 6 cm de diâmetro e encontra-se facilmente em fundos rochosos a baixa profundidade.
Monochirus hispidus
©João Pedro Silva
Peixe achatado com valor comercial, a cascarra vive sobre fundos de areia e lodo, até aos 150 metros de profundidade.
Calma glaucoides
©João Pedro Silva
Esta lesma-do-mar alimenta-se de ovos de peixes, passando a sua fase de vida adulta sempre perto dessas posturas. A cor do corpo varia conforme a espécie a que pertencem os ovos e as pontuações no seu dorso ajudam a camuflar-se.
Symphodus bailloni
©João Pedro Silva
Durante a época de reprodução os machos deste bodião constroem ninhos de algas em depressões rochosas, onde as fêmeas depositam os ovos, protegendo-os até à eclosão.
Leptogorgia sarmentosa
©Emanuel Gonçalves
As gorgónias formam frequentemente povoamentos densos, e à semelhança dos recifes de coral, contribuem para uma maior biodiversidade local, pois servem de abrigo e habitat a várias espécies.
Pycnoclavella communis
©Áthila Bertoncini
As ascídias, ou tunicados, foram os primeiros animais cordados, ou seja, que possuem uma corda dorsal (estrutura precursora da coluna vertebral). Esta espécie de pequenas dimensões vive em grupos de vários indivíduos, alimentando-se filtrando a água.
Scorpaena porcus
©João Pedro Silva
O rascasso-de-pintas vive entre rochas e algas, onde se alimenta de pequenos peixes, crustáceos e outros invertebrados. Como outras espécies de rascasso, os raios da barbatana dorsal contêm um veneno doloroso.
Eunicella cavolini
©João Pedro Silva
A gorgónia-amarela é um coral colonial, classificada como espécie ameaçada em relação à sua conservação, pois é bastante vulnerável a certas artes de pesca e apresenta um crescimento lento, entre 1 e 2 cm por ano. Encontra-se sobre fundo rochosos.
Cerianthus membranaceus
©João Pedro Silva
A anémona-de-tubo ou cerianto, vive sobre fundos arenosos e lodosos. Os tentáculos estão dispostos em dois conjuntos em que o do exterior, com tentáculos mais compridos e urticantes, é responsável pela captura de pequenos peixes e plâncton.
Ellisella paraplexauroides
©Armando Ribeiro
Esta gorgónia, também conhecida por coral-candelabro, pode-se encontrar até profundidades de 700 metros sobre fundos rochosos, onde é um importante contribuidor para a biodiversidade local.
Corynactis viridis
©Luís Quinta
A anémona-joia vais buscar o seu nome à coloração intensa e diversa, com os tentáculos geralmente a contrastarem com a cor do corpo. Prefere locais com corrente, normalmente em faces rochosas verticais. Espécie de pequenas dimensões, não ultrapassando 1 cm.
Doriopsilla areolata
©João Pedro Silva
Lesma-do-mar de corpo arredondado, podendo atingir os 40 mm de comprimento. Alimenta-se de esponjas em zonas de rochas e também de fundos lodosos. A suas posturas são amarelas, em forma de fita em espiral.
Saccorhiza polyschides
©Emanuel Gonçalves
A laminária fixa-se a rochas ou pedras por meio de uma estrutura oca. Esta serve de abrigo a vários organismos, nomeadamente pequenos crustáceos e moluscos que aí se abrigam de predadores e de condições turbulentas.
Pollachius pollachius
©João Pedro Silva
Enquanto jovem, a Juliana encontra-se a baixa profundidade perto da costa, migrando para águas mais profundas em adulto. Vive junto a fundos rochosos onde se alimenta de outros peixes. É comercializado com o nome de palouco, um sucedâneo do bacalhau.
Eunice sp.
©João Pedro Silva
Este verme vive enterrado em fundos de areia e lodo ou entre rochas, onde aguarda pelas suas presas que deteta com ajuda das cinco antenas no topo da cabeça. Alimenta-se geralmente de pequenos peixes, lançando-se rapidamente sobre estes.
Alcyonium digitatum
©João Pedro Silva
Também chamado de mão-de-morto, devido à forma como as suas colónias se desenvolvem, este falso coral cresce em fundos rochosos abrigados da luz, mas com forte corrente. Normalmente os pólipos de cada colónia são do mesmo sexo.
Berthellina edwardsii
©João Pedro Silva
Esta lesma do mar, que pode ultrapassar os 50 mm de comprimento, tem hábitos noturnos sendo frequente encontrá-la durante o dia debaixo de pedras e em fendas a baixas profundidades. As suas posturas são em forma de fitas espiraladas.
Leodice torquata
©Áthila Bertoncini
Verme carnívoro, alimenta-se de outros pequenos invertebrados que captura com as mandíbulas. Vive em águas pouco profundas debaixo de pedras ou entre cascalho. Durante o acasalamento as fêmeas libertam feromonas que atraem os machos.
Sabella spallanzani
©Luís Quinta
Graças à sua grande capacidade de filtrar e acumular bactérias no corpo, este espirógrafo é considerado um bioindicador da qualidade da água e estuda-se o seu potencial de biorremediação em zonas de descargas dos tratamentos de águas residuais.
Pentapora foliacea
©Rui Guerra
Este briozoário é na realidade uma colónia de vários indivíduos de pequeno tamanho. Cresce sobre fundos rochosos em zonas de corrente, podendo colonizar pequenas pedras em zonas de areia grosseira. É o maior briozoário da costa portuguesa.
Phyllodoce laminosa
©João Pedro Silva
Este verme vive na zona entremarés debaixo de pedras, em fendas de rochas ou entra povoamentos de mexilhão. Também se pode encontrar em fundos rochosos ou cobertos de pedras e conchas.
Lanice conchilega
©João Pedro Silva
O verme-de-areia forma tubos de areia, pedaços de conchas e pequenas pedras, que cimenta segregando um muco. Estes são ramificados no topo, acima do substrato, e oferecem suporte aos tentáculos do verme enquanto procura por comida.
Paraflabellina ischitana
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio habita em zonas pouco iluminadas de fundos rochosos, perto dos hidrozoários (invertebrados coloniais) deque se alimenta. Os apêndices no seu dorso são transparentes, sendo a glândula digestiva no interior a responsável pela cor.
Monoplex parthenopeus
©João Pedro Silva
O cabeludo é um gastrópode com a carapaça coberto de vários filamentos finos que lhe dão o nome. Vive a baixas profundidades sobre fundos rochosos onde se alimenta de outros moluscos que paralisa graças a toxinas que segrega da boca.
Clavelina lepadiformis
©João Pedro Silva
A ascídia-de-anéis-brancos é um animal colonial, podendo-se encontrar fixo a rochas, pedras, ervas marinhas e a estruturas artificiais. Como outros animais deste grupo, alimenta-se de microrganismos planctónicos que filtra da água.
Aglaophenia pluma
©João Pedro Silva
Este minúsculo animal forma colónias em forma de pena que atingem os 3 cm de altura. Nestas colónias podem-se observar corpos reprodutivos com um formato de pinha. Esta espécie pode ser urticante, provocando inchaços na zona afetada, em humanos.
Thysanozoon brocchii
©Rui Guerra
Embora por vezes se confunda com algumas lesmas-do-mar, quando se encontra sobre fundos rochosos cobertos de organismos, na realidade este animal é um verme-plano. É capaz de se deslocar na água undulando o seu corpo.
Pycnoclavella aurilucens
©João Pedro Silva
Pequena ascídia colonial, cresce sobre fundos rochosos a baixa profundidade, em zonas expostas a correntes, mas também sobre laminárias e outras algas de grandes dimensões. São animais filtradores, alimentando-se de organismos planctónicos.
Solea senegalensis
©Áthila Bertoncini
O linguado-branco vive em fundos de areia ou lodosos, desde a costa até aos 100m de profundidade, alimentando-se de vermes, bivalves e crustáceos. Espécie de elevado valor comercial, em Portugal é também produzida em aquacultura.
Sabella discifera
©João Pedro Silva
Este espirógrafo encontra-se fixo a rochas, algas ou gorgónias. Alimenta-se de organismos e partículas em suspensão, que filtra da água graças aos seus tentáculos em forma de penas. Se sentir ameaçado retrai-se rapidamente para o interior do tubo.
Pagurus prideaux
©João Pedro Silva
Este caranguejo-ermita vive sobre fundos de areia, lodo ou cascalho a baixa profundidade. É bastante comum encontrar uma espécie particular de anémona sobre a concha deste animal, proporcionando-lhe proteção em troca de restos de comida.
Pomatoschistus pictus
©João Pedro Silva
O caboz -da-areia é um pequeno peixe, raramente ultrapassando os 6 cm de tamanho, encontrado em águas pouco profundas, sobre fundos de areia ou cascalho. Os juvenis são comuns em poças de maré. Alimenta-se de pequenos crustáceos.
Oscarella lobularis
©Emanuel Gonçalves
Esta é uma esponja incrustante que forma colónias sobre rochas, pedras ou algas de grandes dimensões, como as laminárias. Tem uma textura gelatinosa e a sua superfície é aveludada. Encontra-se em zonas de baixa profundidade e entremarés.
Polycera quadrilineata
©João Pedro Silva
Nudibrânquio, ou lesma do mar, que pode atingir os 40 mm de comprimento, embora seja raro. Encontra-se sobre fundos rochosos, debaixo de pedras ou entre algas onde se alimenta de vários briozoários (minúsculos animais coloniais).
Trapania pallida
©João Pedro Silva
Este pequeno nudibrânquio ou lesma-do-mar, pode atingir os 15 mm de tamanho. Encontra-se em zonas de recifes rochosos cobertas de esponjas e ascídias, sobre as quais crescem os pequenos animais de que se alimenta.
Caryophyllia smithii
©João Pedro Silva
Este coral de pequenas dimensões apresenta o exoesqueleto calcificado e o seu tecido é praticamente transparente, pois não vive associado com microrganismos fotossintéticos que são normalmente responsáveis pela cor nos corais.
Galathea squamifera
©João Pedro Silva
A galateia, ou caranguejo-diabo, vive debaixo de pedras e em fendas de rochas, desde a zona abaixo das marés e até aos 180 metros de profundidade. Tem hábitos noturnos e alimenta-se de pequenos peixes.
Octopus vulgaris
©Emanuel Gonçalves
O polvo-comum é um dos animais marinhos mais fascinantes. Tem a capacidade de mudar a cor e a textura do seu corpo de modo a passar despercebido em praticamente qualquer local. É um predador voraz, especialmente de caranguejos e bivalves.
Holothuria arguinensis
©Emanuel Gonçalves
A holotúria, ou pepino-do-mar, é um animal que pertence ao mesmo grupo das estrelas e ouriços-do-mar. Esta espécie vive sobre os fundos de areia e lodo e em zonas de pradarias marinhas, onde se alimenta de matéria orgânica e bactérias dos sedimentos.
Sphaerechinus granularis
©Emanuel Gonçalves
Este ouriço-do-mar cobre-se frequentemente de algas ou fragmentos de conchas. Alimenta-se de várias algas e detritos que raspa com o seu aparelho bucal especializado, designado “lanterna de Aristóteles”. As suas gónadas são consideradas uma iguaria.
Diplodus sargus
©Emanuel Gonçalves
O sargo-legítimo ocorre geralmente em cardumes que incluem também outras espécies de sargos. É comum encontrar os juvenis em pradarias marinhas e zonas estuarinas. É um peixe de alto valor comercial, sendo também produzido em aquacultura.
Octopus vulgaris
©Emanuel Gonçalves
Quando se sente ameaçado, o polvo-comum pode escapar recorrendo a jatos de água através dum sifão. Muitas vezes nestes jatos, libertam também uma tinta preta de modo a confundirem e diminuírem a visão do seu predador.
Balaenoptera acutorostrata
©Luís Quinta
A Baleia-anã ou de Minke é uma das baleias mais pequenas, atingido os 10m de comprimento. Pode ser encontrada em todos os oceanos, no entanto está classificada como vulnerável. Possui barbas em vez de dentes, alimentando-se de pequenos crustáceos e peixes.
Clavularia crassa
©João Pedro Silva
Este alcionário, um coral mole, forma normalmente colónias até cinquenta pólipos que crescem em zonas pouco profundas sobre fundos rochosos ou arenosos, mas também pode ser encontrado junto de algumas ervas marinhas.
Acromegalomma vesiculosum
©João Pedro Silva
Este verme-de-tubo atinge os 12 cm de comprimento e possui cerca de 50 tentáculos com uma mancha ocular na extremidade, que lhe confere sensibilidade à luz. O tubo é incrustado com fragmentos de conchas e areia, ficando a maior parte enterrada no substrato.
Sphaerechinus granularis
©Emanuel Gonçalves
Este ouriço-do-mar habita a baixas profundidades, em locais abrigados de zonas rochosas ou de pedras, cobertas de algas das quais se alimenta. É um animal bastante predado por algumas estrelas-do-mar e até pelos humanos em alguns locais.
Hancockia uncinata
©João Pedro Silva
Pequena lesma-do-mar que atinge no máximo 15 mm de comprimento, encontrada sobretudo próximo do seu alimento, hidrozoários (pequenos invertebrados coloniais) que crescem sobre algas ou outros animais.
Aplidium punctum
©João Pedro Silva
O corpo das ascídias ou tunicados é revestido por uma camada espessa, chamada túnica, que em muitos casos contém celulose na sua composição. Esta ascídia colonial cresce em cachos a partir de um pé fixo a rochas, pedras ou conchas em zonas de corrente.
Ctenolabrus rupestris
©João Pedro Silva
O bodião-rupestre pode viver até aos 8 anos. Encontra-se em zonas rochosas pouco profundas e em poças de maré, mas também em pradarias de seba, onde se alimenta de crustáceos e gastrópodes. É utilizado em aquacultura de salmão como peixe limpador.
Anemonia viridis
©Emanuel Gonçalves
A anémona-do-mar é facilmente encontrada em locais bem iluminados como poças de maré e outras zonas de baixa profundidade, fixa a pedras e rochas, mas por vezes também nas folhas de ervas marinhas e em algas. Em alguns locais é apreciada como iguaria.
Felimida purpurea
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio (animais que pertencem ao grupo das lesma-do-mar) pode atingir os 50 mm de comprimento. Encontra-se normalmente em locais pouco iluminados sobre fundos rochosos onde se alimenta de esponjas.
Thecacera pennigera
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio ou lesma-do-mar, encontra-se sobre fundos rochosos, ou estruturas de origem humana, colonizados por briozoários (minúsculos animais coloniais), dos quais se alimenta e onde faz as posturas.
Pawsonia saxicola
©João Pedro Silva
A cucumaria é um pepino-do-mar, com tentáculos bocais bastante desenvolvidos e ramificados. Encontra-se em zonas rochosas, debaixo de pedras ou em fendas nas rochas. Alimenta-se de plâncton que captura com os seus tentáculos.
Gobiusculus flavescens
©Ana Castanheira
Ao contrário de outros cabozes, o caboz-nadador vive a maior parte do tempo em cardumes afastados do fundo. Prefere zonas de algas e ervas marinhas, mas também é encontrado em poças de maré. Alimenta-se de organismos planctónicos.
Raja undulata
©Inês Sousa
A raia-riscada é mais um exemplo de espécie em risco de extinção devido ao excesso de pesca. Vive sobre fundos de areia ou lodo, onde se alimenta de uma grande variedade de animais, desde crustáceos a moluscos e outros peixes.
Symphodus cinereus
©Rui Guerra
O bodião-cinzento habita em zonas pouco profundas de fundos arenosos e pradarias marinhas como estuários e sistemas lagunares. Alimenta-se de vermes e pequenos crustáceos, que por vezes captura quando são desenterrados por outros animais.
Zostera marina
©Rui Guerra
Outrora comum, no início deste século as pradarias de seba praticamente desapareceram do Parque Natural da Arrábida. Num esforço de reintroduzir esta planta realizaram-se transplantes, havendo hoje uma pequena população junto à praia dos coelhos.
Scorpaena notata
©João Pedro Silva
Este rascasso habita em fendas e saliências rochosas, podendo ser também encontrado sobre fundos de areia ou lodo. Alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos e outros invertebrados. Possui glândulas de veneno na base dos raios da barbatana dorsal.
Epizoanthus couchii
©João Pedro Silva
Esta anémona-incrustante cresce em colónias sobre rochas ou conchas, em zonas de corrente moderada, ficando por vezes cobertas de sedimentos. Quando se sentem ameaçados, os pólipos retraem os tentáculos rapidamente para o interior do seu corpo.
Alicia mirabilis
©João Pedro Silva
A alícia é uma das anémonas mais urticantes do mundo. Durante o dia encontra-se recolhida com os tentáculos no interior do corpo, adquirindo uma forma que não se assemelha a uma anémona. À noite expande-se, atingindo os 40 cm de altura.
Paralcyonium spinulosum
©João Pedro Silva
Este alcionário pertence ao grupo dos corais moles, ou seja, que não produzem uma estrutura calcificada. Vivem em colónias e cada indivíduo, ou pólipo, alimenta-se de partículas em suspensão e plâncton que captura com os tentáculos.
Aiptasia mutabilis
©Rui Guerra
Dependendo da profundidade em que se encontra, a anémona-trombeta pode estabelecer relações de simbiose com organismos fotossintéticos, como algumas microalgas. Assim, quando exposta a maior luminosidade tende a ter uma cor mais acastanhada.
Lepadogaster lepadogaster
©Luís Quinta
O sugador habita em superfícies rochosas ou pedras perto da superfície, onde se fixa graças à adaptação das barbatanas pélvicas num disco de sucção. Alimenta-se de detritos.
Acanthochitona fascicularis
©João Pedro Silva
Os quítones são um grupo de moluscos exclusivamente marinhos. A concha é constituída por 8 placas ou valvas sobrepostas nos bordos e articuladas. Esta espécie vive em fundos rochosos onde se alimenta de algas incrustantes e filamentosas.
Filograna implexa
©João Pedro Silva
A filigrana é um verme que forma intricadas rede de tubos, onde vivem vários indivíduos. Cresce em fendas de rochas, sobre pedras, conchas, areia e até mesmo sobre outros organismos a baixas profundidades.
Berghia coerulescens
©João Pedro Silva
Este nudibrânquio vive em fundos rochosos onde se alimenta de anémonas. É uma espécie hermafrodita, fazendo posturas em espiral. As cores garridas normalmente funcionam de aviso aos predadores, indicando a toxicidade ou mau sabor desta lesma-do-mar.
Ciona intestinalis
©João Pedro Silva
Esta é uma espécie de ascídia solitária, embora se encontre em grandes números. É capaz de se fixar a uma grande variedade de substratos, desde a rochas a estruturas artificiais como pontões e barcos. Considerada invasora em algumas zonas do mundo.
Aiptasia couchii
©Emanuel Gonçalves
Embora se possa reproduzir sexuadamente, produzindo larvas que são dispersas na água e depois se fixam noutro local, na anémona-trombeta é mais comum a reprodução por simples divisão do corpo, rapidamente originando um grande número de clones.
Axinella polypoides
©Nuno Vasco Rodrigues
Esponja de crescimento vertical, até aos 40 cm. A sua superfície é lisa com coloração entre o amarelo e laranja e é constituída por vários poros por onde entra a água e o alimento. Esta espécie pode filtrar até 200.000 vezes o volume do animal por dia.
Morus bassanus
©Luís Quinta
O ganso-patola, ou alcatraz, é a maior ave marinha presente em Portugal. Vive geralmente no mar, vindo a terra apenas na época de reprodução. Alimenta-se de vários peixes que caça realizando voos picados e mergulhando até aos 40 metros de profundidade.
Belone belone
©Rúben Fortuna
O peixe-agulha ou agulhinha, é uma espécie de mar alto, aproximando-se da costa para desovar. Alimenta-se de pequenos peixes que captura com um rápido movimento lateral das suas compridas mandíbulas equipadas de pequenos dentes afiados.
Onchidella celtica
©Pedro Silva
Embora conhecida como lesma-do-mar, este animal está mais próximo das lesmas terrestres, uma vez que é pulmonado, ou seja, respira apenas fora de água. Encontra-se em rochas na zona entremarés, onde se alimenta de algas.
Felimare villafranca
©Emanuel Gonçalves
Esta lesma-do-mar pode atingir os 50 mm de comprimento e tem desenvolvimento direto, dos ovos eclodem pequenos juvenis, não havendo fase larvar. Encontra-se sobre fundos rochosos, onde se alimenta de esponjas.
Sphaerococcus coronopifolius
©Áthila Bertoncini
Alga vermelha extremamente ramificada e de consistência cartilagínea. Nos últimos anos vários estudos têm sido realizados com esta alga, levado à descoberta de novos compostos químicos, alguns com propriedades antibacterianas e antitumorais.
Conger conger
©Emanuel Gonçalves
O safio, ou congro, é um peixe sem escamas que pode chegar a medir 3 metros. De hábitos noturnos, abriga-se durante o dia em fendas ou buracos nas rochas. Alimenta-se de outros peixes, crustáceos e cefalópodes e só se reproduz uma vez na vida.
Aiptasia couchii
©Emanuel Gonçalves
A anémona-trombeta deve o seu nome à forma do corpo, a lembrar uma trompa. Ocorre geralmente em fundos rochosos em locais abrigados das ondas, muitas vezes em grande número. Captura as presas com os seus tentáculos cobertos de células urticantes.
Saccorhiza polyschides
©Emanuel Gonçalves
Quando em grandes densidades, os povoamentos de laminárias funcionam como florestas marinhas, proporcionando um grande aumento da biodiversidade local.
Tritonia plebeia
©João Pedro Silva
Nudibrânquio, ou lesma-do-mar, que pode atingir os 30 mm de tamanho. Encontra-se em fundos rochosos e mal iluminados, entre briozoários (pequenos animais coloniaias) e os alcionários (corais moles) dos quais se alimenta e onde faz as posturas.
Saccorhiza polyschides
©Luís Quinta
Esta laminária é uma alga de crescimento rápido e grandes dimensões, normalmente entre os 2 e os 3 m. Fixa-se a substrato rochoso através de uma estrutura bulbosa e oca. Forma povoamentos densos que servem de habitat a inúmeras outras espécies.
Ocinebrina aciculata
©João Pedro Silva
Pequeno búzio, vive sobre pedras, rochas e algas como as laminárias, desde zonas superficiais até profundidades de cerca de 900 metros.
Cratena peregrina
©João Pedro Silva
Nudibrânquio ou lesma do mar que atinge os 50 mm de tamanho. Encontra-se sobre fundos rochosos onde se alimenta de pequenos animais coloniais semelhantes a anémonas. A cor dos apêndices no seu dorso varia conforme o tipo de presa.
Nereiphylla paretti
©João Pedro Silva
Este verme é um predador veloz, movimentando-se entre as algas em fundos rochosos. De hábitos noturnos, encontra-se geralmente em fendas ou debaixo de rochas, durante o dia.
Sepiola sp.
©Luís Quinta
Esta pequena espécie de choco possui um órgão de luz, junto às brânquias, que alberga bactérias bioluminescentes. Habita em fundos de areia e lodo perto de zonas rochosas, sendo mais ativo durante a noite.
Tritonia hombergii
©João Pedro Silva
Das maiores espécies de nudibrânquios da nossa costa, atingindo os 20 cm de comprimento. Vive sobre fundos rochosos, perto dos alcionários (corais moles) de que se alimenta. No caso de ser perturbado pode segregar uma substância irritante.
Aeolidiella sanguinea
©João Pedro Silva
Medindo até 45 mm, esta lesma-do-mar pode ser encontrada debaixo de pedras a baixa profundidade, onde se alimenta de uma grande variedade de anémonas. Tem o corpo avermelhado coberto de apêndices que podem variar a cor conforme o alimento ingerido.
Limacia clavigera
©João Pedro Silva
Esta lesma-do-mar, ou nudibrânquio, pode atingir os 20 mm de tamanho, embora seja mais comum com cerca de 10 mm. Ocorre sobre fundos rochosos onde se alimenta de várias espécies de briozoários (minúsculos animais coloniais).