HISTÓRIA E CULTURA
A ocupação humana da região da Arrábida remonta aos tempos longínquos do paleolítico. Ao longo do tempo, a pesca ganhou um peso crescente, moldando as comunidades locais, esculpindo os seus hábitos e costumes.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
A publicidade de uma seguradora que garante viagens tranquilas e os veraneantes à beira mar são sinais de que Sesimbra continua a crescer.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Qualquer subida ou descida, canto ou esquina desta serra leva-nos a ver o mar da costa da Arrábida. Esta longa estrada irregular, com curva e contracurva, conduz-nos até à tranquila baía do Portinho da Arrábida.
© Arquivo Fotográfico do Museu da Marinha
D. Carlos era um rei naturalista e navegador que se sentia feliz ao leme dos seus iates e de cada vez que partia para mais uma campanha oceanográfica. Abria caminho por entre as águas sempre à procura que o desconhecido lhe trouxesse cada vez mais respostas sobre o mundo marinho.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
O pescador, figura muito particular na vila, tem uma indumentária muito característica e adaptada às condições em que trabalha. Na cabeça, usa um barrete preto em forma de manga com uma borla pendente na ponta, dentro do qual guardavam a onça de tabaco, os papelinhos e os fósforos para o seu cigarro.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
As praias de Sesimbra tornavam-se cada vez mais frequentada por locais ou turistas que escolhiam esta costa especial para aproveitar as suas férias de verão ou apenas para um dia bem passado à beira mar.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
O mar chama e está na hora de regressar à faina. Mais de uma dezena de pescadores unem forças para deixar tudo apostos para mais uma saída, empurrando a embarcação para a água. Todas as madrugadas, por volta das duas da manhã, o arrais lança o aviso para o ponto de encontro, meia hora antes na loja da companha.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Um miúdo na pesca à linha, na costa da Arrábida, de pé sob um manto de algas castanhas que cobrem as rochas. Numa vila que vive essencialmente do que o mar lhe traz para a mesa, todos contribuem naquele que é o recurso principal de todos – a pesca.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Chegados da pesca do peixe espada. Após a captura e na chegada à praia, chega o momento de preparar a venda do pescado na lota. Peixe de zonas profundas, que é pescado ao anzol com aparelho, é organizado metodicamente e disposto em ‘lotes’, ‘eiras’ ou em ‘monte’ no areal, junto à Fortaleza de Santiago. Um ‘lote’ de peixe espada são 30 peixes.
© Arquivo Fotográfico do Museu da Marinha
Estes são os aposentos elaborados e luxuosos de um dos iates Amélia. Uma cabine que proporciona conforto, claraboias sob as salas de jantar e de repouso, e ainda sob a camarinha usada pelo Rei D. Carlos.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Chegados da pesca do peixe espada. Após a captura e na chegada à praia, chega o momento de preparar a venda do pescado na lota. Peixe de zonas profundas, que é pescado ao anzol com aparelho, é organizado metodicamente e disposto em ‘lotes’, ‘eiras’ ou em ‘monte’ no areal, junto à Fortaleza de Santiago. Um ‘lote’ de peixe espada são 30 peixes.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Chegado à lota, o peixe mais miúdo, era organizado e alinhado em lotes, que não tinham número certo de unidades, em ‘eiras, que podiam ter 15 a 20 ou mais peixes, ou ainda em pequenos montes. A abundância de cada espécie seria determinante na organização deste pescado que atraía pequenas multidões interessadas.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Uma mulher e uma canoa. Já nos anos 40 a prática de desportos náuticos na Arrábida parece ter alguns fãs.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
No mar, nasce mais um dia para os pescadores de palangre, arte tradicional de pesca à linha. A bordo de uma embarcação de maior tamanho que as aiolas tradicionais de Sesimbra, espera-lhes uma grande pescaria.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Procissão da Nossa Senhora da Boa Viagem, protetora das viagens e dos viajantes, a quem os pescadores têm grande devoção. Neste dia, aiolas e pescadores saem para o mar para festejar e celebrar. em quem a grande maioria dos pescadores tem grande devoção. Aiolas e pescadores saem para o mar, mas desta, para festejar e celebrar.
©Coleção Américo Ribeiro | Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro DIBIM | DCDJ | Câmara Municipal de Setúbal
Visita do diretor do Jornal “O Pescador” ao Museu Oceanográfico - 19 de Janeiro de 1955.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Do castelo de Sesimbra, no topo da falésia e a 240 metros do nível do mar, observa-se a incrível vista sobre a vila e o mar, com a praia de Sesimbra a servir de porto de abrigo às embarcações dos pescadores.
© Col. Estúdio Horácio Novais I FCG – Biblioteca de Arte e Arquivos
A pequena praia do Portinho da Arrábida de águas plácidas e cristalinas não muito diferente ao que é hoje. Situada junto à aldeia do Portinho, encontra se no sopé da encosta da serra da arrábida.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Na praia de Sesimbra, que servia de porto de abrigo às embarcações, pescadores, pequenos e graúdos ajudam a puxar a aiola (barco tradicional) para terra.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Termina a pesca. Um grande grupo de pescadores retiram as redes de dentro da embarcação e estendem-nas ao longo da praia. Estas redes capturavam várias espécies de peixes e cefalópodes recorrendo a diferentes artes de pesca, como a arte xávega e o cerco.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Diariamente, ao entardecer, a lota é preparada na praia de Sesimbra. A areia é alisada com uma tábua e o peixe é estendido lado a lado formando longas filas de lotes. Cada ‘lote’ (ou ‘eira’ ou ‘monte’) não tem um número certo de unidades.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
A 500 metros acima do nível do mar, no topo da Serra da Arrábida a vista sobre o parque é simplesmente incrível. A Pedra da Anicha, as praias do Portinho da Arrábida, dos Coelhos e Galapinhos, entre tantas outras, circundam as escarpas desta serra bastante densa de vegetação.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
A vila piscatória de Sesimbra dos anos 40, de ruas inclinadas de norte para sul intercaladas por escadarias, num aglomerado de casinhas brancas de telha tipicamente portuguesa, forma uma baía que se estende sobre as águas do Tejo e do Parque Marinho Luiz Saldanha.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Enquanto se passeia o gado, há tempo para sentar no topo do monte e apreciar a vista que Setúbal oferece. Uma vista privilegiada sobre o porto da cidade e a Serra da Arrábida que faz parte do Parque Natural.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Na década de 60, a praia do Portinho da Arrábida era já bastante frequentada na época balnear. Uma praia que convida a banhos. Uma aldeia que tira frutos do que o mar da Arrábida oferece à gastronomia, convidando locais e veraneantes a provar o que os restaurantes têm de melhor, contribuindo também para a economia local.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Em dias de marés vivas, quando o mar não dá sossego e insiste em bater em terra, o areal fica debaixo de água. Assim, a lota é organizada no Largo da Marinha, impedindo o pouco fluxo de carros da época.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Está na hora de içar o copo da armação para bordo, tarefa que requer muita mão-de-obra. As armações, armadilhas constituídas por redes de grandes dimensões fixas no fundo do mar, formam uma série de canais e barreiras que conduzem o peixe até ao copo, onde ficam aprisionados
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Do topo do morro do Alcatraz a vista sobre o monte do Macorrilho e a vila é admirável. Por entre o morro e o monte, surge uma pequena e protegida praia que com o passar do tempo, se transformou no estaleiro naval de Sesimbra.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
É no porto de abrigo que os pescadores atracam as suas aiolas e outras embarcações. Mais frequentado em dias de inverno e de tempestade para garantir que ficam a salvo e para poderem, dia após dia, voltar ao mar.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Termina a pesca. Um grande grupo de pescadores retiram as redes de dentro da embarcação e estendem-nas ao longo da praia. Estas redes capturavam várias espécies de peixes e cefalópodes recorrendo a diferentes artes de pesca, como a arte xávega e o cerco.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Segundo a lenda, um grupo de pescadores encontrou, dentro de um caixote, uma imagem de Jesus Cristo na “Pedra Alta” da praia de Sesimbra. No Largo da Marinha é onde se dá o momento mais esperado: a bênção ao mar e às embarcações, saudando o ‘Senhor que abençoa a terra e o mar’.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Nos anos 40, a praia de Sesimbra era um local que tanto convidava a banhos como servia de apoio à atividade piscatória. Era frequentada por pescadores que faziam dela porto de abrigo e lota. Por outro lado, tinha uma vasta área preparada para que as pessoas pudessem apanhar banhos de sol e mar.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
O Convento “Velho” de Nossa Senhora da Arrábida, destacando-se uma das suas cinco torres redondas, que em 1250 se tornou religioso. Um mercador das ilhas britânicas, Hildebrando, ergueu uma pequena ermida a Nossa Senhora, em forma de agradecimento por ter se salvo de um naufrágio.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
O sol a pôr-se sobre as águas calmas e tranquilas do mar da Arrábida, com a luz solar refletida até à linha do horizonte, já despertavam o interesse em registar estes momentos em fotografias.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Sobre cada montículo de areia elevado, espaçados entre eles de modo a permitir passagem a um palmo do chão, o peixe é verticalmente colocado formando pequenos lotes.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
A eficiência e integridade com que os peixes eram capturados fez de Sesimbra o principal porto de big-game-fishing da Europa durante os anos 50 e 60. A pesca do espadarte foi um dos primeiros produtos turísticos da vila, dando origem à sua primeira unidade hoteleira, o Hotel Espadarte.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
A antiga praia de Sesimbra é hoje conhecida como as praias da Califórnia e do Ouro - uma de cada lado da Fortaleza de Santiago. Na baía da vila de Sesimbra e com a Serra da Arrábida como plano de fundo era já na época uma praia bastante frequentada e um forte destino para disfrutar o verão.
©Coleção Américo Ribeiro | Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro DIBIM | DCDJ | Câmara Municipal de Setúbal
No Museu Oceanográfico, o seu fundador Luiz Gonzaga do Nascimento - Janeiro de 1955.
© Col. Estúdio Horácio Novais I FCG – Biblioteca de Arte e Arquivos
Em meados dos anos 40, a praia do Portinho da Arrábida ainda com o seu vasto areal, já era bastante frequentada para a época. Locais, pescadores, possivelmente turistas e veraneantes, já na altura aproveitavam os dias de sol para banhos, pesca e outras atividades.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
A lota de Sesimbra era um dos acontecimentos mais interessantes da vida piscatória na vila. Ao entardecer, em plena praia, não faltava quantidade, variedade e qualidade no peixe que transbordava das aiolas.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Segundo a lenda, um grupo de pescadores encontrou, dentro de um caixote, uma imagem de Jesus Cristo na “Pedra Alta” da praia de Sesimbra. No Largo da Marinha é onde se dá o momento mais esperado: a bênção ao mar e às embarcações, saudando o ‘Senhor que abençoa a terra e o mar’.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Segundo a lenda, um grupo de pescadores encontrou, dentro de um caixote, uma imagem de Jesus Cristo na “Pedra Alta” da praia de Sesimbra. No Largo da Marinha é onde se dá o momento mais esperado: a bênção ao mar e às embarcações, saudando o ‘Senhor que abençoa a terra e o mar’.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
O choco, a lula e o peixe mais pequeno como a sardinha e o carapau, não são distribuídos pelo areal da praia de Sesimbra. As mulheres das famílias dos pescadores regateiam e vendem este pescado entre vários compradores interessados que disputam entre si, num ‘ritual’ único.
© Col. Estúdio Horácio Novais I FCG – Biblioteca de Arte e Arquivos
Em meados dos anos 40, a praia do Portinho da Arrábida ainda com o seu vasto areal, já era bastante frequentada para a época. Locais, pescadores, possivelmente turistas e veraneantes, já na altura aproveitavam os dias de sol para banhos, pesca e outras atividades.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
As aiolas descansam das suas pescarias nas águas de Sesimbra, junto à Fortaleza de Santiago que há mais de trezentos anos foi construída para defender as fronteiras marítimas das ameaças e intempéries que chegavam do mar.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Na década de trinta, surgiu a ligação rodoviária entre Lisboa e Sesimbra que juntamente com as carreiras locais, foi trazendo dezenas e dezenas de visitantes à vila de Sesimbra.
© Arquivo Fotográfico do Museu da Marinha
A bordo do Amélia, D. Carlos supervisionava toda e qualquer operação oceanográfica que pudesse estar a decorrer. De ideias mais modestas, preferia estudar as pequenas áreas da costa Portuguesa mais detalhadamente.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
O choco, a lula e o peixe mais pequeno como a sardinha e o carapau, não são distribuídos pelo areal da praia de Sesimbra. As mulheres das famílias dos pescadores regateiam e vendem este pescado entre vários compradores interessados que disputam entre si, num ‘ritual’ único.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
O retrato do que é uma família tradicional de pescadores de Sesimbra dentro da sua aiola, exibindo o que de mais precioso têm. Para muitas famílias, as aiolas eram o seu grande meio de sustento.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
O retrato de Sesimbra com as típicas casas brancas de telha características da vila piscatória, as aiolas tradicionais da pesca atracadas mesmo em frente à praia, o monte do Macorrilho e o morro de Alcatraz.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Os dias de intempérie em que o mar decide galgar a costa, trazem à memórias o ciclone de 1941 que afetou todo o país, mas abalou especialmente Sesimbra. A tempestade destruiu 309 embarcações, prejudicando assim a frota piscatória desta vila.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
A procissão de culto ao Senhor Jesus das Chagas, padroeiro dos pescadores, é a festividade mais importante para a comunidade sesimbrense, que a celebra desde 4 de Maio de 1534, juntando todos os anos milhares de devotos. As ruas são decoradas com colchas nas varandas e o chão é polvilhado com alecrim.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Termina a pesca. Um grande grupo de pescadores retiram as redes de dentro da embarcação e estendem-nas ao longo da praia. Estas redes capturavam várias espécies de peixes e cefalópodes recorrendo a diferentes artes de pesca, como a arte xávega e o cerco.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Cada caixa, cheia de peixe fresco, depois de arrematada após a venda em leilão é transportada em padiolas ou burros até à estrada marginal para seguirem caminho até aos mercados, principalmente ao de Lisboa.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Enquanto enrolam as boias e preparam os apetrechos para as suas artes de pesca, os velhos arrais instruem os moços nos segredos da pesca sempre sob a tradição e cultura sesimbrense. A loja da companha e a praia eram os lugares de aprendizagem, numa terra que naquele tempo, filho de pescador era pescador também.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Antes de regressar ao mar, todos os materiais de pesca têm que estar devidamente preparados. Um conhecimento que os mestres, passam de geração em geração. Os moços tinham de aprender a ‘desemachuchar’ as linhas, trocar anzóis e arrumar as linhas com anzóis para ficarem prontas para serem iscadas.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Nasce, em 1904, uma fábrica de cimento na serra da Arrábida, num local onde já existia exploração de materiais desde meados do século XVIII. Estrategicamente bem localizada, permite que as exportações sejam feitas tanto por mar como por terra.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Na chegada ao porto de abrigo e chegado o fim do dia de pesca, os pescadores lavam as redes no mar a fim de as recolherem para terra e as preparar para o dia seguinte.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Na década de 80, a vila portuguesa que vive do mar e para ele já se mostra bastante desenvolvida. O molhe já erguido, que agora é velho, protege o porto de abrigo. O passadiço longo já se estende de um lado ao outro da vila, atravessando o morro do Alcatraz e o monte do Macorrilho.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Na praia de Água Doce ou praia do Ouro, um grupo de miúdos junta-se para uma aula ginástica ao ar livre. Algumas pessoas influentes da vila criaram as primeiras classes ginástica com a presença de algumas meninas e com o intuito de lhes dar a conhecer esta prática desportiva.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
A lota parece não ter fim. O peixe, já separado e encaixotado, está pronto para ser apregoado e vendido. A maioria do pescado terminará a sua viagem no grande marcado abastecedor lisboeta, ‘Ribeira Nova’, depois de embarcar no cais do Seixal rumo à capital.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
As aiolas e as demais embarcações, varadas nas águas serenas da baía, na praia que passou a ser o seu porto de abrigo. No areal, as típicas barracas da praia de Sesimbra prontas para receber os locais ou os turistas que querem disfrutar do sol, do mar e do calor.
© Col. Estúdio Horácio Novais I FCG – Biblioteca de Arte e Arquivos
Situada a oeste da baía de Sesimbra, fazendo jus a seu nome apenas durante o inverno ou em dias de tempestade em que as embarcações recolhiam a seu porto para evitar males maiores, tornou-se na década dos anos 30 numa praia de banhos frequentada por várias famílias abastadas de Lisboa.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Depois de um dia de pesca, chegam nas aiolas à lota de Sesimbra uma grande variedade de peixe como a corvina, o peixe-espada, atum e espadarte, gorazes, salmonetes, sardinhas e carapau.
©Coleção Américo Ribeiro | Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro DIBIM | DCDJ | Câmara Municipal de Setúbal
Inauguração do Museu Oceanográfico pelo Ministro da Marinha Américo Tomaz - 23 de Janeiro de 1955.
© Col. Estúdio Horácio Novais I FCG – Biblioteca de Arte e Arquivos
Uma praia do Portinho da Arrábida semelhante aos dias de hoje no que respeita às casas que ainda hoje fazem parte da paisagem. Uma praia composta de um areal imenso e continuado que se juntava às Praias dos Coelhos, Galapos e Galapinhos, quase que desapareceu devido ao desassoreamento e à erosão costeira.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
As aiolas regressam da pesca, uma depois da outra, enchendo a beira d’agua da praia de Sesimbra de cor. O mar que desenrola, por vezes mais agitado, não ajuda a varar as embarcações que chegam a terra a transbordar de peixe para ser vendido na lota.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Foi a 30 de Outubro de 1954 que Manuel Frade capturou um espadarte com 153 quilos nos mares de Sesimbra. O espadarte torna-se assim num símbolo que impulsionou o turismo, atraindo visitantes de todo o mundo.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Os lisboetas vinham até Sesimbra praticar a pesca desportiva do espardate, também conhecido na vila como peixe agulha. Haviam tantos espardates naquelas águas que quase todos os dias cada aiola trazia para terra cerca de seis exemplares. Uma família da vila, conhecida de Ratinhos, apuraram a técnica de captura com arpão para se tornarem bastante mais produtivos.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
O porto de abrigo foi obrigado a crescer para acompanhar a crescente afluência turística à vila. O pentágono, um conjunto de cais, foi construído para servir de apoio às embarcações.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
A captura de tubarões era sempre um momento inesquecível. Cada exemplar era exibido no pórtico junto ao muro da praia, acompanhado do grande homem que o pescou.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
O monte do Macorrilho proporciona uma vista ampla sobre o monte do Alcatraz, a antiga praia da doca e o porto de abrigo. Este, já protegido pelo ‘molhe velho’, o quebra mar interior, aquela que seria a primeira fase de construção do Porto de Sesimbra.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
A beira mar da vila de Sesimbra, que tanto é uma praia de banhos como porto de abrigo para as embarcações, é extramente movimentada. Na zona da maré turistas, pescadores e aiolas misturam-se e aproveitam o melhor que a baía tem para dar.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
A Praia da Doca formou-se poucos anos anteriores à época, durante a construção do pontão do farol que provocou a movimentação de areias, sendo por isso também conhecia como ‘Praia Nova’. Hoje em dia, esta praia que estava repleta de banhistas já não existe.
© Espólio fotográfico Idaleciano Cabecinha e Américo Ribeiro (EICAR), doado por Valdemar Capítulo | Arquivo Municipal de Sesimbra
Para fazer o peixe-espada brilhar mais uma vez em terra, a areia tinha que ser alisada com uma tábua para que pudessem ser estendidos lado a lado, gerando por vezes longas filas de lotes, cada um com cerca de 30 peixes.
© Col. Estúdio Horácio Novais I FCG – Biblioteca de Arte e Arquivos
Do outro lado da baía, junto à Fortaleza de Santiago, era a praia que servia de porto seguro às embarcações, que ancoravam no mar ou atracavam em terra, depois de cada chegada da pesca até o moço da companha ir de porta em porta a fazer a ‘chama’ para avisar os pescadores de mais uma partida para o mar.
© Arquivo Fotográfico do Museu da Marinha
D. Carlos de Bragança, nascido a 28 de Setembro de 1863, herda de seu pai a paixão pelo mar. Com ele nasce a oceanografia em Portugal, quando inicia uma série de campanhas oceanográficas ao longo da costa portuguesa a bordo do seu primeiro Iate Amélia, em 1986.
© Acervo fotográfico de Artur Pastor | Arquivo Municipal de Lisboa
Com o sol já a parecer baixo num dia de verão, as aiolas repousam numas das muitas praias sossegadas da Arrábida. Uma mulher caminha junto a elas. As aiolas são embarcações pequenas tradicionais de Sesimbra, ainda hoje usadas na pesca artesanal.