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Recuperar biodiversidade

TRANSPLANTE DE GORGÓNIAS

Parecem plantas, mas na verdade as gorgónias são animais marinhos. Estes corais de crescimento muito lento proporcionam habitat a muitas espécies, pelo que são muito importantes para a riqueza dos ecossistemas marinhos. No Parque Marinho, identificaram-se e caracterizaram-se populações de gorgónias, concluindo-se que sofriam impactos humanos. Para recuperar estas populações, os biólogos cortam pequenos fragmentos de gorgónias dadoras, os quais transplantam para zonas impactadas, colando-os em buracos feitos na rocha com perfuradoras subaquáticas.

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REPLANTAÇÃO DE ERVAS MARINHAS

Nas últimas décadas, a costa da Arrábida perdeu pelo menos dez hectares de pradarias marinhas que cobriam a baía do Portinho da Arrábida e de Galápos. Com a criação do Parque Marinho, têm sido feitos esforços para recuperar estas pradarias marinhas. Como resultado desses esforços, foram transplantados em 2011, pelo Programa BIOMARES, 11 m2 de sebas (ervas marinhas da espécie Zostera marina), provenientes de populações saudáveis da Ria Formosa, no Algarve. Estas têm vindo a crescer, ultrapassando os 100 m2 em 2017. Continuam a ser acrescentadas mais plantações destas plantas marinhas no âmbito do Programa BIOMARES.

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RECUPERAÇÃO DE FLORESTAS DE ALGAS CASTANHAS

No Parque Marinho encontram-se grandes florestas de algas castanhas (kelp) – que criam importantes ambientes de proteção, reprodução e alimentação para uma grande variedade de espécies, como peixes e invertebrados de elevado valor comercial. Muito sensíveis a alterações ambientais, a distribuição destas florestas no Parque Marinho tem sofrido grandes variações ao longo dos anos. O Programa BIOMARES tem realizado ensaios de técnicas de recuperação das algas castanhas utilizando as espécies naturais do Parque Marinho. A conservação destas populações é crucial, uma vez que as suas características são únicas em toda a sua distribuição global.

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BOIAS AMIGAS DO AMBIENTE

Ao abrigo do programa BIOMARES, na baía do Portinho da Arrábida, e em áreas do Parque Marinho utilizadas para o lazer e mergulho, foram instaladas dezenas de boias que funcionam como amarrações “amigas do ambiente”. Estas bóias evitam o arrastamento de cabos nos fundos marinhos, provocados pela amarração das embarcações. Desta forma é possível conciliar atividades náuticas com a conservação e recuperação da biodiversidade destas águas.